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Conrado Engel está se juntando à General Atlantic como senior adviser para o Brasil, levando uma expertise de 40 anos no mercado de crédito para a gestora de private equity.

O job description: ajudar com as empresas do portfólio e procurar novas oportunidades de investimento entre startups de serviços financeiros.

Até o final do ano, Conrado era board member do Santander Brasil, onde acumulava também a presidência dos conselhos da Olé, a empresa de crédito consignado do banco, e da gestora de recursos.  Ele também era membro do comitê de risco do banco.

10222 45518966 ac48 0000 0000 0cbc06a262f7“O Conrado é uma das pessoas que inventou o mercado de empréstimo a pessoa física no Brasil, e crédito é um negócio muito diferente,” diz Martin Escobari, chairman do comitê global de investimentos e desde novembro um dos três co-presidentes da GA. “As fintechs podem inventar muita coisa, mas a forma de fazer crédito não se reinventa.” 

Entre 1998 e 2003, Conrado chefiou a Losango, então a maior financeira de crédito ao consumidor do Brasil, com 20% de market share, e mais tarde foi presidente do HSBC Brasil, além de ter liderado a operação de varejo do banco inglês na Ásia-Pacifico, baseado em Hong Kong.

No Brasil, o portfólio da General Atlantic inclui a Neon, que oferece serviços bancários com foco na base da pirâmide, e a XP, que está começando a oferecer serviços bancários, incluindo crédito. 

Conrado também vai ajudar com as investidas da GA no México:  a Clip, uma adquirente comparável à PagSeguro e que está começando a dar crédito para pequenas e médias empresas, e a Kavak, uma plataforma de compra e venda de carros usados com opção de financiamento embutido.

“As fintechs trazem custo baixo e agilidade, mas não podem negar a necessidade de entender a economia real.  Se você junta as duas coisas, você vai ter um negócio duradouro,” diz Escobari. “O mercado brasileiro não é para amadores.” 

Conrado e Escobari se conhecem há mais de 10 anos, quando Escobari, então na Advent, tentou recrutar o executivo para assumir a CETIP, um convite que Conrado declinou, “no que foi o pior erro da vida dele,” brinca Escobari.  (A Advent fez 7 vezes seu investimento na CETIP.)