Pode ser apenas alguém ‘esquentando’ a ação, mas é uma esquentada altamente plausível.
De acordo com o The New York Post (not exactly your NY Times), o CEO da Colgate disse a investidores que estaria aberto a uma venda da empresa a US$ 100 por ação, que ontem fechou a US$ 71,58.
A declaração teria sido feito numa reunião com investidores institucionais há algumas semanas.
A Colgate já está em alta de 5% no pre-market da Bolsa de Nova York.
Recentemente, o mercado começou a especular sobre uma possível oferta da Unilever pela Colgate.
Mas, depois que a Kraft Heinz fez sua oferta pela Unilever e sinalizou que está expandindo seus alvos da categoria mais estreita de ‘alimentos’ para ‘produtos de consumo’, não seria surpresa se uma venda da Colgate gerasse uma disputa entre a Kraft e a própria Unilever.
Em tese, numa guerra de ofertas, a 3G teria condições de pagar mais caro, já que sua capacidade de cortar custos é muito mais reconhecida que a da Unilever, para dizer o mínimo.
Mas as sinergias com a Unilever, dona dos sabonetes Soap e do desodorante Axe, provavelmente seriam mais significativas.
Segundo o Post, durante a reunião anual de acionistas da Colgate na sexta-feira passada, um acionista perguntou ao CEO Ian Cook o que ele faria no evento de uma oferta pela Unilever.
A resposta dele: “Nós, como companhia, construímos valor para nossos acionistas e todos os stakeholders dessa empresa. E é nisso que focaremos, deixando os rumores e especulação seguirem seu próprio curso.”
O Post sugere que um terceiro comprador da empresa poderia ser a Procter & Gamble, hoje sob a influência do ativismo do investidor Nelson Peltz.
O jornal ainda cita a Johnson & Johnson e uma parceria entre Warren Buffett e a 3G Capital, mas, dado o que transpirou depois da oferta da Unilever, parece improvável que a 3G fizesses esta aquisição se não por intermédio da Heinz.