O Citi acaba de divulgar um relatório em que passa a recomendar “compra” para a ação do Bradesco por enxergar fatores capazes de elevar o ROE do banco no curto e médio prazos.
Para a equipe liderada por Gustavo Schroden, o ROE deve superar o custo de capital de 15% até o quarto trimestre deste ano e chegar a um patamar “sustentável” de 16,5% no fim de 2026.
No primeiro trimestre, quando o banco divulgou um resultado acima da expectativa, o ROE estava em 14,4%.
Historicamente, diz o relatório, o ROE do Bradesco tem alta correlação com o múltiplo P/VPA, “o que nos faz acreditar que uma reprecificação do papel pode vir acompanhada dessa melhora no retorno”.
Diante disso, o Citi elevou o preço-alvo para R$ 19,50. A ação fechou hoje em R$ 16,04.
Na avaliação do Citi, a margem com clientes deve continuar aumentando ao longo do ano em razão de um custo de captação mais baixo e um mix mais rentável de crédito, com “oportunidades em empréstimos sem garantias depois de um grande foco em operações com garantias”.
Os analistas também acreditam que os ganhos de eficiência de médio prazo ainda não estão precificados – e devem gerar “ganhos operacionais tangíveis a partir de 2026”.
O Citi revisou a estimativa de lucro para 2025 e 2026 em 10% e 12%, respectivamente. Para os analistas, os lucros retidos devem elevar a posição de capital do banco e “aliviar preocupações” do mercado.