O BTG Pactual acha que tem mais carne no churrasco da Minerva.
O banco mudou a recomendação para a ação de neutro para compra e colocou um preço-alvo de R$ 20, em comparação aos R$ 13 de antes. O novo preço embute um upside de 56% sobre o preço de tela.
Segundo o BTG, há quatro motivos para o upgrade.
O primeiro é o ciclo do setor, já que o Brasil está à beira de uma inflexão no ciclo do gado.
“Acreditamos que a quantidade de gado disponível para abate aumentará significativamente e esperamos que o próximo ciclo seja ainda mais forte que os anteriores – mais gado deve significar margens mais altas,” disseram os analistas.
O segundo motivo: a dinâmica de preços da carne bovina.
O banco acredita que a demanda por carne do Brasil e da América do Sul deve continuar forte por conta da procura de países asiáticos e pelos preços maiores dos grãos (que aumentam os preços de outras proteínas – como a carne de frango – e encarecem a carne produzida em regiões onde o gado é alimentado com grãos.
Para a Minerva, isso significa “receitas mais fortes, o que deve impulsionar o crescimento do bottom line.”
O terceiro motivo é o ‘earnings power’: a Minerva hoje é responsável por 10% de toda a carne vendida no mundo, com 25 unidades de processamento em 5 países.
Ela também está entrando no ciclo com um dos balanços mais fortes de sua história, segundo o BTG, que disse não lembrar de nenhum momento em que a Minerva entrou num ciclo positivo de gado com uma alavancagem tão favorável.
Por último, mas não menos importante, o BTG cita o valuation da empresa, que está negociando a 4,7x o EBITDA estimado para este ano – um nível 14% abaixo da média histórica.