A simples menção do nome de André Esteves no bilhete de Marcelo Odebrecht a seus advogados fez um estrago na ação do Banco BTG Pactual no final do pregão de hoje, disseram gestores que acompanham o papel. 
Faltando meia hora para o fechamento, a ação acentuou sua queda em meio a um aumento dramático do volume negociado.
A ação terminou o dia em queda de 3,7%, cotada a 29,85 reais. A corretora do BTG comprou cerca de 40% do volume negociado no dia, um sinal de que o banco defendeu o papel para amortizar a queda.
O volume negociado hoje, 3,88 milhões de ações, foi mais de três vezes a média diária, e o maior vendedor líquido foi a corretora BGC Liquidez.
Outros bancos, como Itaú e Bradesco, tiveram altas moderadas.
No bilhete aos advogados, Odebrecht não fez nenhuma acusação a Esteves, mas, quando falou sobre o assunto ‘sondas’, escreveu, “historia de iniciativa André Esteves. Lembrar que naquela época sete ~ Petrobras off balance, portanto ajudar Sete era visto como ajudar Petrobras”.
A referência é à Sete Brasil, empresa criada para construir sondas para exploração do pré-sal que seriam alugadas à Petrobras, sem que a estatal tivesse que comprometer seu balanço.
Além do BTG, os outros acionistas da Sete Brasil são os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef e Valia; os bancos Santander, Bradesco; a própria Petrobras; o fundo FI-FGTS, que administra parte do dinheiro do FGTS; e os investidores privados EIG Global Energy Partners, Lakeshore, e Luce Venture Capital.
