A ação da AES — a gigante elétrica americana que provê energia renovável para big techs como o Google e Microsoft — dispara hoje na Bolsa após a Bloomberg reportar que fundos como a Brookfield e BlackRock estudam fechar o capital da empresa e que o management não descarta uma venda.

O papel sobe 17% no início da tarde para US$ 13, reduzindo a queda dos últimos 12 meses para 27%.

O mercado aposta que a demanda global por energia elétrica vai mudar de patamar nos próximos anos graças ao avanço da inteligência artificial — o que resultou em transações recentes como como a compra da geradora TXNM Energy pela Blackstone. Mas o caso da AES não é tão simples.

Com foco em energias renováveis, a empresa tem sido severamente impactada pelas políticas do Governo Trump, como tarifas mais altas e o fim dos créditos de energia limpa.

No primeiro tri, a AES reportou um lucro por ação abaixo das expectativas do mercado.

Segundo a Bloomberg, a carteira complexa da empresa também dificulta um possível negócio. Além de parques eólicos e solares, a AES possui presença relevante no exterior e duas concessionárias de serviços públicos em Ohio e Indiana.

Com um enterprise value de US$ 40 bilhões, a AES vale US$ 9 bilhões na Bolsa.