Apenas seis anos depois de fundada, a Stone acaba de precificar sua ação a US$ 24, tornando-se a segunda fintech brasileira a listar numa bolsa americana.
 
A empresa começará sua vida como companhia listada com um valor de mercado de US$ 6,8 bilhões, um múltiplo equivalente a cerca de 10 vezes sua receita anual.  Para efeito de comparação, no fechamento de hoje a PagSeguro valia US$ 9,7 bilhões.
 
A oferta, que levantou cerca de US$ 1,5 bilhão, veio num dia em que o mercado nadou no vermelho.  O Nasdaq mergulhou 4,4%, sua maior queda em mais de sete anos, enquanto o S&P 500 perdeu 3%, devolvendo toda a alta do ano.  
 
A Stone saiu US$ 1 acima da faixa anunciada de US$ 21-23. O book teve demanda de cerca de US$ 20 bilhões, ajudada pelos âncoras mais célebres que uma companhia poderia desejar:  Warren Buffett e a Ant Financial, do Alibaba.  
 
A Berkshire Hathaway ficou com 14 milhões de ações, e agora é dona de 5% da companhia. Fundos da T. Rowe Price e a Madrone Partners — que já eram acionistas da Stone — compraram respectivamente mais 9,5 milhões e 2,4 milhões de ações.
 
A alocação ainda estava em curso agora à noite e, como é natural, todos os investidores não-âncora sofreram rateio, incluindo fundos soberanos.
 
Depois da oferta, os fundadores André Street e Eduardo Pontes continuam com cerca de 55% do poder de voto na companhia. A Stone foi estruturada com duas classes de ações. A ‘classe A’ está sendo objeto do IPO, enquanto a ‘classe B’ é detida apenas pelos fundadores e tem 10 vezes mais poder de voto que a outra classe. (As ‘B’ se transformam em ‘A’ quando vendidas.)
 
A StoneCo — nome formal da companhia — negociará na Nasdaq com o tikker ‘STNE’.
 
O coordenador global, Goldman Sachs, mandou no processo. JP Morgan, Citi, Itaú BBA, Credit Suisse, Morgan Stanley, BofA-Merrill Lynch e BTG Pactual participaram do sindicato.
 
SAIBA MAIS