A Omega Geração — empresa de energias renováveis controlada pela Tarpon — acaba de anunciar uma nova oferta de ações para continuar sua estratégia de adquirir ativos já em operação.
Considerando o lote suplementar e o adicional, o follow-on pode chegar a mais de R$ 1 bi pelo preço atual do papel na Bolsa, superando os R$ 845 milhões captados no IPO da empresa em julho de 2017, e deve aumentar a liquidez reduzida da ação, que praticamente dobrou este ano.
A Tarpon, que tem 60,7% da Omega, não venderá ações na oferta.
Os coordenadores são Bank of America Merrill Lynch, Credit Suisse, BTG, XP e Santander.
Diferentemente de outras empresas do setor, a Omega Geração não participa do desenvolvimento e implantação dos ativos e os incorpora apenas quando já estão em estágio operacional, o que reduz os riscos de execução e a necessidade de capex.
A empresa foi cindida antes do IPO para separar a parte de desenvolvimento da empresa listada. A Omega Geração tem preferência na compra dos projetos da Omega Desenvolvimento.
O follow-on vem depois de uma valorização de quase 100% das ações da companhia neste ano, impulsionada pela redução nas taxas de juros — que foi um vento de popa para todo o setor de utilities – e pela estratégia agressiva de crescimento.
Desde o IPO, a capacidade de geração da companhia mais que dobrou, saindo de 470 MW para cerca de 1.100 MW.
A Omega incorporou os projetos eólicos de Delta III no Maranhão e diversificou sua atuação para energia solar, comprando 50% de participação em Pirapora, o maior projeto de solar no Brasil, localizado em Minas Gerais. No fim do ano passado, a companhia comprou ainda o complexo eólico de Assuruá, no interior da Bahia.
Ao fim do pregão de hoje, a empresa valia R$ 4,4 bilhões na Bolsa.