Numa tentativa de virar a página dos escândalos de corrupção que marcaram a história da companhia, a JBS e a família Batista anunciaram acordos com autoridades americanas que colocam fim à exposição criminal dos Batista nos Estados Unidos.

A ação disparou quase 7% por volta das 13:30 hs com a remoção do passivo jurídico.

A J&F Investimentos, a holding pela qual os Batista controlam a JBS, celebrou um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos que abrange todas as violações das leis americanas derivadas dos mesmos “fatos e condutas que foram objeto do acordo de leniência celebrado entre a J&F e o Ministério Público Federal e os acordos de colaboração celebrados entre Wesley Mendonça Batista e Joesley Mendonça Batista com a Procuradoria Geral da República”, a companhia disse agora há pouco. 

A J&F se declarou culpada por violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA) dos Estados Unidos e concordou em pagar uma multa de US$ 256 milhões — mas receberá um crédito de 50% em decorrência dos valores já pagos às autoridades brasileiras, reduzindo o valor final a US$ 128 milhões. 

Ao mesmo tempo, a JBS fez um acordo civil com a SEC envolvendo os problemas contábeis na Pilgrim’s Pride, a companhia de frango que a JBS controla nos EUA. 

A JBS reconheceu que falhou em manter precisos os livros, registros e controles contábeis da Pilgrim’s e vai pagar US$ 27 milhões.

Além disso, a companhia se comprometeu a revisar e informar à SEC sobre as políticas anticorrupção, controles internos e reportes financeiros da JBS e de suas controladas nos Estados Unidos.

O acordo resolve todas as exposições legais da JBS e suas afiliadas perante a SEC e pavimentam o caminho para a companhia ir adiante com o plano de listar seu conjunto de ativos globais (com exceção da operação brasileira) na Bolsa de Nova York.