Até 2050, a Terra terá 10 bilhões de habitantes, com um aumento esperado da demanda por proteínas em torno de 70%, segundo dados da ONU.

Na esteira do crescimento populacional e de consumo, novos hábitos estão se estabelecendo e alternativas à produção tradicional de proteína estão sendo desenvolvidas para fazer frente tanto à demanda quanto às mudanças na preferência dos consumidores. Numa pesquisa Nielsen, 30% das pessoas disseram estar atentas aos ingredientes que compõem os produtos alimentícios.

Sensível a este cenário, a JBS, líder global em produção de alimentos à base de proteína, está investindo não apenas no chamado mercado de proteínas tradicional, como também apresentando alternativas de consumo, com novos produtos e soluções que endereçam os desafios e as necessidades dos próximos 30 anos.

Investimento em inovação

Dentro deste segmento alternativo estão as chamadas ‘proteínas cultivadas’ e plant-based (proteína vegetal). Além de operar no Brasil com a Linha Incrível, a companhia adquiriu, em abril deste ano, a empresa holandesa Vivera, especialista em produtos 100% plant-based. 

Nos Estados Unidos, a JBS atua no mercado por meio da Planterra, com a marca OZO, e no Reino Unido e Irlanda está presente com a marca Taste & Glory, depois da aquisição da Kerry Group.

Outra iniciativa importante da JBS foi a recente compra da BioTech Foods, uma empresa espanhola dedicada às proteínas cultivadas.

“Isso faz parte da diversificação do nosso portfólio para atender às demandas de nossos clientes”, explica o diretor global de RH, inovação e excelência operacional da JBS, Eduardo Noronha. “Todas essas frentes, dentro de inovação, são no sentido de ter ofertas adequadas às necessidades e preferências do consumidor. Isso se encaixa 100% na nossa estratégia.”

No total, a companhia vai investir US$ 100 milhões nos próximos cinco anos em proteína cultivada, que consiste na produção de alimentos a partir de células animais.

Uma parte dos recursos será usada na construção de uma fábrica na Espanha para produção comercial de proteína cultivada. Além disso, a companhia está construindo um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento em Biotecnologia de Alimentos e de Proteína Cultivada no Brasil, previsto para ser inaugurado em 2022.

“A aquisição da BioTech e o Centro de P&D reforçam nossa estratégia de inovação, desde como desenvolvemos novos produtos até como comercializamos, para atender à crescente demanda global por alimentos,” diz Gilberto Tomazoni, o CEO global da JBS. “Unindo o conhecimento tecnológico com nossa capacidade de produção, seremos capazes de acelerar o desenvolvimento do mercado de proteína cultivada.” 

Pesquisa & Desenvolvimento

A JBS tem mais de 200 pesquisadores que trabalham com foco em demandas regionais e globais, de forma colaborativa, para acelerar o desenvolvimento de novos produtos. “Como líder no setor, a JBS está em uma posição privilegiada e quer fazer jus a isso, liderando os processos de inovação para novos produtos, mas também o processo de inovação dentro do nosso core business atual”, diz Noronha.

Os investimentos em proteína cultivada e em plant-based reforçam a estratégia de plataforma global de multiproteína da JBS, que também se materializou este ano com a entrada no segmento de aquicultura com a aquisição da australiana Huon.

“Assumindo responsabilidades à altura de nosso papel como líderes globais, seguiremos focados em nosso propósito de alimentar pessoas do mundo com o que há de melhor e de maneira cada vez mais sustentável,” diz Tomazoni.

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