Os fundos multimercados registraram resgates líquidos de R$ 1,8 bilhão em agosto, segundo a Anbima. No acumulado do ano, o saldo negativo já é de R$ 73,8 bilhões com a alta da Selic estimulando a migração para a renda fixa.

Mas, no Itaú, o cenário é bem diferente. 

Os planos de previdência da classe multimercados foram os que mais captaram em agosto, representando 30% da captação bruta em previdência privada. Em janeiro, a fatia havia sido de 20%. 

“No ano passado tivemos um período difícil para quem investiu em multimercados, mas é sempre importante lembrar que esse tipo de investimento traz retornos consistentes no longo prazo e, para quem seguiu a nossa recomendação e manteve seus recursos investidos, hoje está vendo outro cenário para a rentabilidade desse tipo de investimento,” disse Cynara Machado, especialista em recomendação de investimentos do Itaú.

Segundo a Anbima, os fundos multimercado tiveram performance positiva em agosto e a mesma tendência pôde ser observada para os fundos de previdência da classe disponíveis no banco: em 12 meses, 57% deles performaram acima do CDI; no ano, essa porcentagem sobe para 70%.

“Multimercados estão presentes na recomendação para a carteira de diferentes perfis dos nossos clientes, pois acreditamos que são boas alternativas tanto de diversificação quanto para capturar oportunidades e navegar pela volatilidade que estamos passando, que deve continuar presente,” disse Cynara.

Já sabemos que temos multimercados com boas captações e performances, mas por que investir na classe também em previdência? Esse tipo de estratégia investe em diversos mercados em um único produto, o que traz diversificação para a carteira de forma simples, e busca trazer ganhos considerando o longo prazo – período que combina bastante com o investimento em previdência.

Existem dois tipos de plano de previdência: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O PGBL é mais indicado para quem faz a declaração completa de Imposto de Renda (IR) e contribui para o INSS, já o VGBL é mais recomendado para quem é isento de Imposto de Renda, faz declaração simplificada de IR e não contribui para o INSS.

Diferentemente de alguns fundos de investimento, não há cobrança de come-cotas (antecipação do Imposto de Renda), o que amplia sua margem de rentabilidade, e a alíquota de Imposto de Renda é uma das menores, podendo chegar a 10% na tributação regressiva. Também existe a possibilidade de trazer o plano de uma instituição para outra, fazendo o que chamam de portabilidade externa, sem a incidência do Imposto de Renda. Além disso, é um investimento que pode ser usado na estratégia de transferência de patrimônio aos herdeiros, sem a necessidade de um inventário.

Na versão PGBL, ainda há uma vantagem adicional: a possibilidade de deduzir até 12% do valor da renda bruta tributável anual na declaração de Imposto de Renda. Inclusive, para aproveitar esse benefício no ano que vem, basta investir o valor equivalente a 12% da sua renda bruta tributável anual em um plano PGBL até o final do ano, caso essa modalidade seja a mais adequada para quem for investir.

No Itaú, esses investimentos possuem taxa zero de carregamento e, para ajudar na disciplina, existe a possibilidade de programar as aplicações todo mês.

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