O Bradesco se comprometeu no ano passado em direcionar R$ 250 bilhões até 2025 para setores e ativos com impacto positivo para o meio ambiente e a sociedade – por meio de produtos e serviços financeiros com foco socioambiental para pessoas físicas e jurídicas, crédito para atividades classificadas como de contribuição positiva e assessoria, pelo seu banco de investimento, na estruturação de soluções de crédito e dívida ESG.

Em menos de dois anos, o banco atingiu 63% da meta – o que reflete a sua estratégia de atuação em apoiar os clientes na transição para uma economia mais verde e inclusiva, contribuindo também com a agenda dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (ODS).

Para potencializar ainda mais esse resultado, o Bradesco tem capacitado todo o time comercial para prática e reconhecimento que ESG é o caminho para negócios.

Nos últimos meses, todos os funcionários do segmento corporativo passaram por um aprimoramento sobre a temática, ampliando seus conhecimentos de como o ESG está inserido na estratégia do banco e o potencial desse mercado para o Brasil.

“Sustentabilidade é uma jornada e é essencial que os nossos comerciais entendam essa estratégia e atuem junto aos clientes implementando e aperfeiçoando as práticas ESG. Temos cada vez mais recebido demandas e construído cases de sucesso em diversos setores” disse Marcelo Pasquini, o diretor de sustentabilidade do Bradesco.

Um desses cases foi a Volkswagen, que procurou o banco no início do ano em busca de um sustainability-linked loan.

A dívida foi atrelada a duas metas principais: a redução das emissões de ‘escopo 1’ em 12% por meio da maior utilização de biometano; e o aumento do número de mulheres em cargos executivos de 14% para 25% e em cargos de gerência de 9% para 25%.

“Desenhamos com eles todo o framework e criamos juntos as metas de redução de emissões e de aumento de diversidade que iam ser vinculadas à dívida,” disse o diretor. “Todas as operações com lastro ESG, também passam por uma verificação externa (SPO – second party opinion), ressaltado a seriedade e a materialidade do projeto.

A estratégia ESG também passa pelo portfólio de produtos socioambientais. No Bradesco, há linhas de crédito para financiar a compra de carros elétricos/híbridos ou a compra de painéis e equipamentos para a geração de energia solar.

Essas duas linhas já somam R$ 170 milhões e R$ 1,2 bilhão, respectivamente, e seu crescimento tem sido expressivo. A carteira de crédito para carros híbridos/elétricos multiplicou por quase 4,5x desde dezembro de 2020 e a de equipamentos para a geração solar, por quase 4x.

Já no mercado de capitais, o Bradesco BBI tem coordenado diversas operações na estruturação e emissão de dívidas atreladas a aspectos ESG. Recentemente, o banco coordenou de forma exclusiva a primeira emissão de um CRA sustentável pela Oakberry, a rede de franquias de açaí.

Os recursos foram destinados à compra de açaí de produtores da Amazônia que adotam práticas de manejo sustentável, potencializando a geração de renda local.

Essa é uma jornada desafiadora e necessária para o mundo dos negócios e sociedade em geral.

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