Mais que o discurso, o mercado está de olho na prática das empresas que se comprometem com a responsabilidade social e ambiental de forma ética e transparente – e cobra pelo compromisso em si e pelo resultado que esse posicionamento gera.

Muito antes do ESG se tornar ‘mainstream’, a Minerva Foods já se comprometia em garantir a conformidade de seus fornecedores segundo padrões nacionais e internacionais de sustentabilidade. 

Como evolução desse esforço que teve início há anos – tendo a tecnologia como sua maior aliada – a companhia garante que as compras de gado realizadas por ela no Bioma Amazônia são totalmente feitas em fazendas monitoradas por meio de mapas georreferenciados, o que assegura que todos os fornecedores cumpram rigorosos critérios socioambientais.

O compromisso da Minerva com a sustentabilidade vai além das fronteiras amazônicas: no ano passado, a companhia se tornou a primeira do setor a ter 100% de suas fazendas fornecedoras monitoradas, um avanço significativo no respeito às terras indígenas e áreas de proteção ambiental, e também no combate ao desmatamento ilegal. 

Mas o comprometimento não se restringe ao Brasil.

Do tamanho da Grécia

A companhia monitora de forma privada mais de 9 milhões de hectares na Amazônia e mais de 2 milhões de hectares no Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica.

No Paraguai, são mais de 3 milhões de hectares monitorados em todo o país, sendo mais de 1.200 fazendas com mapeamento geográfico, o que representa 75% do total de animais verificados para desmatamento ilegal, sobreposição a terras indígenas e áreas de proteção ambiental.

Somadas, essas regiões são maiores que a Grécia.

Mas como monitorar os fornecedores dos fornecedores? Esse é o principal desafio do setor hoje.

Taciano Custodio, diretor de sustentabilidade da Minerva, explica que uma das possibilidades para melhorar a rastreabilidade dos animais em todo o setor é o uso das Guias de Trânsito Animal (GTAs) – cuja responsabilidade é do Serviço de Inspeção Federal (SIF). 

“Hoje, as indústrias possuem acesso apenas à última GTA, sem visibilidade sobre o histórico de passagem do animal e isso dificulta o nosso monitoramento da cadeia de ponta a ponta. Para que a gente consiga mitigar os impactos da atuação de fornecedores indiretos que não estejam em conformidade com uma atuação plenamente sustentável, é fundamental que as indústrias tenham acesso às GTAs, obviamente considerando todas as regulações de confidencialidade de dados que a legislação brasileira exige.”  

Mesmo diante dos desafios, a companhia seguiu buscando soluções. Atualmente, a Minerva é a primeira empresa do setor a avançar com ações para verificação da cadeia de fornecedores indiretos, e recentemente iniciou testes com o Visipec, uma ferramenta para avaliação de riscos relacionados a fornecedores indiretos no Brasil, desenvolvida pela Universidade de Wisconsin em parceria com a National Wildlife Federation (NWF). 

No primeiro teste preliminar da ferramenta, os fornecedores indiretos mapeados estavam 99,9% em conformidade com os critérios definidos pelo GTFI (Grupo de Trabalho dos Fornecedores Indiretos). No segundo teste de calibração, o resultado foi de 99,3%, chegando a um total, em ambos os testes, de 3.689 fornecedores indiretos verificados para 2.317 fornecedores diretos, uma proporção de 1,6 fornecedores indiretos para cada fornecedor direto da companhia.

A atuação responsável com o meio ambiente posiciona a companhia como referência no tema. Nas auditorias do Ministério Público Federal, a Minerva possui os melhores resultados entre os principais players do setor.

A ONG Amigos da Terra publicou estudo recente em que avaliou os resultados das empresas comprometidas com a agenda e destacou a posição da Minerva Foods.

A ONG, que trabalha na promoção de iniciativas sustentáveis que visam o desmatamento zero com foco principalmente na Amazônia, atua junto a governos e empresas para fomentar políticas que promovam o desenvolvimento sustentável.

Pedro Burnier, gerente do programa de cadeias agropecuárias da ONG Amigos da Terra, diz que a Minerva investe em formas de aprimorar seu sistema de monitoramento de forma contínua.

“Adicionalmente, estão imersos em diversos grupos de trabalho que promovem discussões para elevar o nível de controle e avaliação dos fornecedores diretos e indiretos. A companhia vem testando ferramentas para melhorar a visualização da cadeia e a rastreabilidade, diminuir a exposição a riscos e fortalecer o monitoramento do desmatamento.” 

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