O Bradesco BBI manteve a Vale como a sua ‘top pick’ no setor de materiais, elevando o preço-alvo para a ADR da mineradora para US$ 23, um upside de 28%..
O papel deve se favorecer de uma alta na cotação do minério de ferro.
O Bradesco aumentou sua estimativa para o preço da tonelada do minério para US$ 130 em 2023 e US$ 100 em 2024, ante uma estimativa anterior de US$ 100 e US$ 80.
Para o banco, uma combinação de fatores vai impulsionar os resultados da empresa: a reabertura da economia chinesa com políticas de incentivo ao crescimento; a queda na oferta de minério de ferro; e os estoques baixos nas mineradoras chinesas.
Nesse cenário, as ações da mineradora deverão estar entre as que mais vão se beneficiar da retomada chinesa.
“Não será uma trajetória linear, estamos olhando ‘através da neblina’,” escrevem os analistas Thiago Lofiego, Isabella Vasconcelos e Camilla Barder. “Nossa preocupação com o mercado imobiliário não desapareceu, mas o governo tem implementado medidas para fortalecer a confiança e a atividade.”
A demanda por aço na China deverá aumentar entre 4% e 5% neste ano em relação a 2022, segundo o Bradesco.
Os analistas agora esperam para a Vale faça um EBITDA de US$ 26 bi este ano, 27% acima do consenso de mercado. O papel negocia a 3,6x o EVITDA estimado para 2023.
Os maiores riscos para a tese são dois: na China, o possível aumento de casos de Covid-19; e, no Brasil, as propostas de aumento de tributos.