Numa tacada que levanta liquidez e melhora o perfil de seu portfolio, a BR Properties disse que está vendendo a maior parte de seus ativos secundários — edifícios não triple-A — por R$ 610 milhões, uma transação que o CEO Martin Jacó planejava há pelo menos dois anos.
O pacote inclui cinco prédios no centro do Rio, em grande parte vazios, outros cinco prédios na região da Chácara Santo Antônio, em São Paulo, um em Alphaville e um em Indaiatuba.
O comprador foi a Alianza, uma gestora imobiliária brasileira que contou para esta aquisição com capital da Cerberus, a gestora americano especializada em ativos distressed.
O comprador foi a Alianza, uma gestora imobiliária brasileira que contou para esta aquisição com capital da Cerberus, a gestora americano especializada em ativos distressed.
A venda resolve dois problemas para a empresa: sua taxa de vacância deve cair cerca de 5 pontos percentuais (já que a vacância física do pacote estava em 51%) e passa a ter um portfólio com 90% de ativos Triple-A, propriedades que comandam um múltiplo maior no mercado por carregar menos risco.
No total, as propriedades vendidas correspondiam a 30% do número de prédios da BR Properties, mas respondiam por apenas 10% de seu lucro líquido operacional. Agora, a companhia ganha foco.
A transação também dá à BR Properties um discurso mais redondo quando encontrar investidores para seu follow-on nos próximos meses. Como reportamos há três semanas, a companhia quer levantar pelo menos R$ 1 bilhão para aumentar seu portfólio de propriedades triple-A.