A BR Properties acaba de alugar seis andares do Ventura, seu maior edifício corporativo no Rio de Janeiro, para o Banco do Brasil, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

Cada andar tem 1.700 metros, e o aluguel saiu a R$ 115-120 por metro quadrado, a companhia confirmou ao jornal.

A BR Properties tem três ativos no Rio: o Edifício Manchete (92% ocupado), o Passeio Corporate (98% ocupado) e o Ventura, que agora passa a estar 70% ocupado. 

A ocupação do Ventura havia sido machucada pela saída de BNDES, Petrobras e FINEP entre o final de 2018 e 2020.

O CEO Martín Jaco disse estar otimista que mais andares do Ventura devem ser locados no curtíssimo prazo. 

Os 10.000 metros que acabam de ser locados ao BB se juntam a outros 36.000 locados pela BR Properties nos últimos dois anos e meio.

A lista de inquilinos inclui a IBM (que entrou no Ventura em janeiro), a Allianz e a Prudential (segundo semestre de 2020), a Schlumberger (final de 2018), a Shell (que vendeu sua sede na Barra e mudou para o Ventura em 2019), e a Souza Cruz (que vendeu sua sede no Centro e foi para o Ventura no final de 2019).

“Todo mundo dizia que o Rio é só óleo e gás, e que se o óleo e gás sai, o Rio morre,” disse o CFO André Bergstein. “Mas dessa lista toda, só tem Schlumberger e Shell. O Rio é muito mais que isso: financeiro, seguradora, tecnologia.”  

Jaco comentou a nova realidade de ocupação de imóveis no pós-covid.

“Num ciclo, como você se protege na época de baixa? Todo mundo vai cair o valor, mas o importante é você não cair sua liquidez, e estamos tendo absorção positiva. Imóvel bom é imóvel locado.” 

No primeiro tri, a BR Properties reportou a maior locação em metros quadrados de sua história.

“Nos últimos 3 anos, o pessoal descontou muito o futuro do Rio.  Diziam que o Rio já era, que vai demorar a se recuperar muito… Estamos vendo uma realidade diferente,” disse o CEO. “O pessoal coloca o Rio todo numa cesta só e esquece que o mercado é feito de nichos e camadas. No Rio, quando você procura qualidade, o mercado é muito mais restrito do que SP.”