A corretora JP Morgan organizou hoje um block trade que movimentou R$ 1,4 bilhão em ações da Suzano.

A identidade do vendedor não foi determinada, mas, como não se tratava de um controlador, as suspeitas recaem sobre a Votorantim, que tem 75 milhões de ações, ou 5,5% do capital da Suzano, o que faz dela a maior acionista depois da família Feffer. 

O vendedor está sujeito a um lockup de 45 dias a partir de hoje.  

O bloco de 25 milhões de ações foi oferecido num leilão de uma hora a R$ 54,87 — um desconto de 4,5% sobre o fechamento de ontem — em meio a um mercado de lado e a um câmbio parado. 

A demanda, no entanto, fez o preço subir para R$ 55,71, estreitando o desconto para 3%. Cerca de oito gestores — preponderantemente locais — tomaram o papel, com alguns aparentemente se financiando com a venda de Klabin. 

No final da tarde, Klabin cai 2% e Suzano, 3,3%. 

Segundo mesas que participaram da oferta, o vendedor poderia aumentar o lote dado que havia demanda para até 37 milhões de ações, mas decidiu não fazê-lo.

O JP Morgan já havia liderado a oferta do BNDES em 1 de outubro, na qual o banco zerou sua posição em Suzano.