Os últimos anos não foram muito gentis para Bill Ackman e sua Pershing Square, mas ele tem uma ideia nova na Bolsa: o Starbucks.
Ackman revelou hoje uma posição de US$ 900 milhões na rede de cafeterias, fazendo os papéis saltarem mais de 2%, com dobro da média de volume na Nasdaq.
“Se as vendas mesmas lojas e o valuation voltarem para a média histórica, as ações podem mais que dobrar nos próximos três anos”, disse Ackman, segundo relato da CNBC. “É uma rara oportunidade de ter um dos melhores ativos do mundo com desconto”.
Ackman disse que a China representa uma enorme oportunidade para o Starbucks, e destacou também o programa de recompra de ações da companhia, que hoje representa 20% de seu valor de mercado.
A apresentação de Ackman – na conferência da Grant’s Interest Rate Observer, uma respeitada newsletter de análise de mercado, em Nova York – desfez um mistério.
Em agosto, ele afirmara ter uma nova posição que representava 10% do seu fundo, sem citar nomes. Segundo a CNBC, a Pershing comprou as 15,2 milhões de ações do Starbucks a um custo médio de US$ 51 cada – o que significa que o fundo já teve um retorno de 13% com a posição.
De investidor aclamado, Ackman passou a ter seu histórico questionado nos últimos anos depois de uma série de fracassos, como seu short na Herbalife e sua posição comprada na farmacêutica Valeant.
Entre 2004 e 2014, o retorno dos fundos da Pershing Square foi de impressionantes 692%. Mas desde então Ackman só vem tomando porrada, contrastando com o vigoroso bull market nos Estados Unidos. Seus ativos sob gestão encolheram de mais de US$ 20 bilhões em 2015 para US$ 8,7 bilhões agora.
Neste ano, a maré parece estar virando. Nos nove primeiros meses do ano, Ackman está entregando um retorno de 15,8%.
O fundo teve um ganho relevante com a rede de comida mexicana Chipotle, uma posição que carrega desde o fim de 2015. Desde o começo do ano, as ações sobem 55%. Ele também conseguiu um lucro rápido de US$ 100 milhões em seis meses com uma posição relâmpago na Nike.
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