Começaram as demissões nos bancos de investimento, resultado do ambiente desfavorável para negócios que secou a fonte dos IPOs, derrubou o número de M&As e reduziu volumes em vários mercados.

Boa parte dos cortes envolvem profissionais sêniores, com profundo conhecimento dos setores que cobriam.

Na semana passada, o Citigroup demitiu Renato Polizzi, que cobria recursos naturais e o setor elétrico, além de três associates e dois analistas. Depois dos cortes, a área de banco de investimento do Citi ficou reduzida a dois managing directors.

Ontem, o Bank of America-Merrill Lynch dispensou Roberto Barbuti, co-head da área de investment banking; Ricardo Moura, que já foi do Banco Central e cobria instituições financeiras na Merrill; e Martin Crone.

As demissões devem atingir ainda Goldman Sachs e Credit Suisse nos próximos dias.

É da natureza dos bancos de investimento internacionais montar e desmontar áreas inteiras de negócios respondendo ao ciclo econômico. As demissões de agora

já haviam sido antecipadas aqui

.

Há tensão, também, entre os escritórios de representação de bancos estrangeiros em São Paulo, depois que o Banco Central sinalizou que vai aumentar o controle sobre os escritórios de representação atuando no País, o que deve elevar o custo de operação destes escritórios. O BC reclama que estes escritórios estariam atuando como bancos e não como mera representação, uma forma de minimizar tributos e custos de compliance.