Um analista que trabalha para George Soros visitou a B2W e concorrentes de e-commerce no mês passado, um sinal claro de que a empresa tem atraído uma nova base de acionistas. A B2W é dona do Submarino e da Americanas.com, entre outros ativos digitais.
Nos últimos meses, a ação da B2W decolou depois que o Tiger Global Management, um fundo de investimento em tecnologia com um histórico de acertos, se comprometeu a investir na empresa num aumento de capital a R$25 por ação. (Na época, a B2W negociava a R$15,50.) O consenso logo se formou: Se o Tiger acredita na empresa a ponto de pagar um prêmio desta magnitude, o potencial de alta deve ser grande.
A visita do executivo de Soros mostra que o interesse pela empresa não está restrito ao Tiger. “É como se o Tiger tivesse acordado o mercado para o papel, mas a ação não estaria nestes níveis se não houvesse compradores finais,” diz um gestor.
Um executivo do setor confirma a tendência: “Nos últimos meses, cresceu muito o volume de visitas e de gente tentando entender o setor, e isso tem vindo muito mais da parte dos gringos que dos investidores locais.”
A B2W agora negocia a R$28,00. Ironicamente, como a ação está acima dos R$25 acordados entre o Tiger e a B2W, o fundo americano corre o risco de levar poucas ações da empresa no aumento de capital, já que os atuais acionistas se sentirão mais encorajados a exercer seu direito de preferência a R$25.
Assim como muitas empresas de tecnologia, a B2W não dá lucro, mas o mercado paga (caro) pelo crescimento de dois dígitos da receita, apostando que, em dado momento, a empresa fica no azul. Por enquanto, de azul, só a logomarca mesmo.