A B.Side, uma assessoria de investimentos voltada para o público private, acaba de fechar a compra da área de wealth management da Mogno Capital.

A B.Side vai incorporar a custódia de cerca de R$ 1 bilhão que a Mogno tem em carteiras administradas e fundos exclusivos. Com isso, ela passa a gerir em torno de R$ 5 bilhões.

A transação será paga principalmente em ações, quase todas saídas da participação de Rafael Christiansen, que fundou a B.Side em junho de 2020 depois de passar pelos private banks do Safra e Credit Suisse Hedging-Griffo.

 

Os dez profissionais da Mogno – entre eles o sócio-fundador Daniel Caldeira – passam a ser sócios da B.Side, que está plugada à plataforma do BTG Pactual.

“Queremos agregar a expertise do Daniel e de sua equipe, especialmente na área imobiliária, na originação de deals exclusivos”, diz Christiansen.

Além do wealth, a Mogno tinha uma área de investimentos alternativos cujo destaque eram os fundos imobiliários, com um patrimônio de cerca de R$ 1 bilhão. Essa área foi vendida para a gestora Valora há uma semana.

O mercado de gestão de fortunas está tendo que se adequar à Selic de 13,75% e a incerteza na economia. “Precisamos de uma operação cada vez mais diversificada para atravessar os diferentes ciclos,” disse Christiansen.

“Uma mentalidade de silos não funciona no nosso negócio. Nosso modelo é atender o cliente de forma completa,” disse Antonio Costa, que chefiou a Azimut no Brasil e passou por JGP, Credit Suisse e Merrill Lynch antes de se tornar o CEO da B.Side Wealth Management no ano passado.

Além da assessoria de investimentos voltada para clientes com ticket médio de R$ 5 milhões e da gestão de fortunas direcionada a investidores com cerca de R$ 50 milhões de patrimônio, a B.Side tem uma área de empresas, que estrutura operações de renda fixa.

Foi responsável, por exemplo, por levantar R$ 600 milhões em dois CRIs do complexo do estádio do Pacaembu.

Os sócios dizem que há mais aquisições a caminho. “Somos a ponta consolidadora desse mercado,” disse Costa.