A Azevedo & Travassos — a construtora que está passando por um turnaround — assinou hoje um memorando de entendimento para a aquisição da Phoenix Óleo e Gás, uma companhia dona de cinco campos de petróleo terrestres próximos a Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A ação subiu 6%, com um volume 50% acima da média diária.
A Phoenix é pequena para os padrões da indústria. Os campos que ela opera têm 16 poços, dos quais 7 estão produzindo e 9 já foram perfurados mas estão parados.
Caso retome a produção desses poços parados, a Azevedo & Travassos estima que o ativo produziria cerca de 150 barris por dia.
Para efeito de comparação, a Prio produz mais de 80 mil barris/dia; a 3R, mais de 50 mil; e a PetroReconcavo, cerca de 30 mil.
Ainda assim, a Phoenix funcionaria como uma plataforma para a expansão da A&T no setor de petróleo, um plano já anunciado pelo chairman Gabriel Freire.
“É uma empresa que já tem todas as licenças da ANP, que já está montada, funcionando e com pouca complexidade de due diligence,” Gabriel disse ao Brazil Journal. “Ela serviria como uma base, uma pedra fundamental para nossa estratégia de crescer no petróleo.”
Segundo ele, a A&T tem outras 12 negociações de compra em andamento no setor, e a expectativa é fechar novas transações ainda este ano.
A meta da empresa é chegar no fim do ano com uma produção de 1.000 barris/dia, o que Gabriel estima que adicionaria cerca de R$ 80 milhões ao EBITDA da companhia, mais que dobrando seu tamanho.
No ano passado, a receita da Azevedo & Travassos ficou na casa dos R$ 500 milhões, com uma margem EBITDA de 10%.
Gabriel notou ainda que a Phoenix tem uma reserva recuperável relevante, de 3,8 milhões de barris, e fica numa localização estratégica, com fácil acesso à infraestrutura de escoamento da produção e aos serviços de perfuração, operação e manutenção dos poços.
A Phoenix pertence a um grupo de empresários brasileiros que decidiu vender a operação porque não conseguiu levantar os recursos necessários para investir no aumento da produção.