Depois de ficar zerada no Inter por pelo menos um ano, a Atmos Capital voltou a montar uma posição no papel.

Num filing com a CVM, a gestora disse que já tem 5,11% das ações listadas, o que se traduz em 3,5% do capital total.

Essa posição faz da Atmos o quarto maior acionista, depois da família Menin, do Softbank e do Hottaire, um veículo de um antigo sócio do Banco Intermedium, José Felipe Diniz.

A posição da Atmos chama a atenção porque, junto com a Squadra, a gestora foi um acionista-âncora do IPO do Inter, que se mostrou um investimento espetacular nos primeiros anos.

Só nos últimos três pregões, a ação do Inter já subiu 35%, com investidores mais confiantes com o resultado do primeiro trimestre, publicado na manhã de segunda-feira.

Depois do resultado, o JP Morgan revisou sua estimativa para o lucro do Inter pela primeira vez em muito tempo. O banco elogiou o controle de custos do banco e agora projeta um ROE para 2% este ano e 7,5% no ano que vem.

O índice de eficiência do Inter – que mede quanto o banco precisa gastar para gerar receita – foi de 62% no trimestre, um nível recorde para o banco, em comparação a 73% no tri anterior e 88% no final de 2021. O chamado cost to serve foi de R$ 13,80 por cliente, contra R$ 17,10 no trimestre anterior.

O Inter fechou o tri com 26,3 milhões de clientes. 

A ação negocia agora ao redor de R$ 11,75, com o banco valendo R$ 4,7 bilhões na Bolsa.