A Amazon acaba de lançar o programa Fulfillment by Amazon (FBA) no Brasil — reduzindo o tempo de entrega de produtos de lojistas parceiros e criando uma nova fonte de receita no País. 

O FBA (que no Brasil será chamado de ‘Logística da Amazon’) começa a funcionar nesta quarta-feira e vai abranger inicialmente apenas o estado de São Paulo.

O programa permite que um lojista envie seu inventário para um centro de distribuição da Amazon, que será responsável por gerir e operacionalizar toda a parte logística — desde o empacotamento até a entrega na casa do consumidor, passando pelo pós-venda. 

O programa vai garantir que produtos de terceiros (3P) sejam entregues em até dois dias e passem a ser elegíveis ao selo Prime — o programa de assinatura da Amazon que oferece frete grátis para diversos produtos.

Rafael Ferreira, o head de FBA no Brasil, disse que o programa é um ganha-ganha-ganha. 

“Ganhamos velocidade de entrega, o consumidor passa a ter acesso a uma gama maior de produtos e o parceiro de vendas fica livre da complexidade de operar a parte logística,” disse ele. 

Para aderir ao programa, o lojista precisa operar no Estado de São Paulo e estar enquadrado no Simples Nacional. Além do ‘take rate’ tradicional sobre as vendas, a Amazon cobrará uma tarifa adicional pelo serviço. 

A Amazon está lançando oficialmente também o FBA Onsite, que já estava rodando numa versão piloto há alguns meses. No programa, o lojista mantém o estoque em seu próprio armazém, mas a Amazon cuida da entrega (retirando o produto no local e levando até o consumidor final) e do pós-venda. 

Este modelo está disponível para qualquer perfil de lojista desde que ele opere no Sul e Sudeste, ou em Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal.

O FBA existe há mais de 25 anos e está presente nos principais mercados em que a Amazon opera — dos Estados Unidos ao Japão, da Índia à Austrália. A empresa não divulga a penetração entre os parceiros, mas Rafael diz que globalmente “o programa já tem uma relevância muito grande na base.”

O anúncio vem um mês depois da Amazon abrir três novos centros de distribuição no Brasil — chegando a um total de oito — e num momento de forte crescimento do ecommerce.

A Amazon não é a única apostando no modelo de ‘fulfillment’ no Brasil — muito menos a primeira.

Desde 2017, o Mercado Livre oferece um programa semelhante para seus parceiros — chamado ‘Mercado Envios Full’ — que já responde por 22% do total de vendas do ecommerce. O ‘Full’ garante entregas em até dois dias para 1.800 cidades no Brasil. 

A B2W também já oferece o serviço de ‘fulfillment’ desde 2018; hoje, ele é usado por cerca de mil lojistas de uma base de 70 mil.