A Alper – a corretora de seguros que opera o balcão da Caixa – acaba de adquirir a Agís, uma corretora de seguros para cargas focada no agronegócio.
A aquisição, de R$ 28,4 milhões, é a primeira da Alper este ano e vai praticamente dobrar a unidade de seguros de cargas da corretora – que hoje responde por 11% do faturamento da empresa.
A Alper vai pagar R$ 10 milhões à vista; o restante será um misto de parcelas anuais e um earnout para os fundadores.
A Agís emitiu R$ 60 milhões em prêmios no ano passado. Já a Alper teve um prêmio total de R$ 3 bilhões no período.
“Além de ser uma unidade de negócios importante para a gente, essa empresa tem especialização em cargas do agronegócio, então ela tem sinergias com o nosso segmento agro, onde compramos a Next Marka, JDM e Almeida Budoya nos últimos anos,” o CEO Marcos Couto disse ao Brazil Journal.
A unidade de agronegócio, que responde por 14% do faturamento da Alper, vende seguros para a safra, a infraestrutura, os equipamentos e para o armazenamento.
Quando for vender esses seguros, a Alper poderá oferecer também o seguro para o transporte dos produtos, cobrindo toda a jornada do agro, da colheita a distribuição.
A aquisição é a terceira da Alper no segmento de cargas, depois dela comprar a Trade Vale, em fevereiro do ano passado, e a Transbroker.
A transação fortalece a posição da Alper como terceiro maior player do Brasil em seguro para cargas, atrás apenas da Pamcary e Apisul.
A aquisição vem um ano depois da Alper levantar R$ 150 milhões num aumento de capital que deu entrada para a Axxon, que na época ficou com 8% do capital. De lá para cá, a Axxon já aumentou essa participação, chegando a 19,5% do capital e se tornando o maior acionista da corretora.
A Alper tem crescido nos últimos anos com uma estratégia de forte consolidação de um mercado extremamente fragmentado. Desde que foi fundada em 2010, foram quase 60 M&As.
A empresa sempre bancou esses movimentos com aumentos de capital, e nunca precisou se endividar para crescer. Hoje, ela tem apenas uma dívida de R$ 200 milhões das parcelas das aquisições que fez.