O fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11) entrou hoje com uma ação de despejo contra a Tok&Stok, a inquilina de um de seus galpões logísticos.
A empresa ainda não pagou o aluguel que venceu no início do mês.
A notícia sinaliza um potencial problema de caixa em uma das maiores varejistas de móveis do Brasil.
O galpão afetado é o Extrema Business I, que fica em Extrema, a capital dos galpões que fica perto da fronteira de Minas Gerais com São Paulo.
O imóvel é locado exclusivamente para a Tok&Stok e representa 14% das receitas do VILG11 e 11% de sua área bruta locável. O fundo imobiliário tem outros 15 galpões no portfólio.
A Tok&Stok aluga o galpão desde 2020 – e esta é a primeira vez que a companhia deixou de pagar o aluguel em dia.
Para o VILG11, o impacto é significativo, mas o contrato tinha uma série de garantias que devem ajudar o fundo a absorver o golpe. O contrato com a Tok&Stok tem duração de 10 anos e um seguro-fiança com cobertura equivalente a doze aluguéis vigentes.
Além disso, segundo uma fonte próxima ao fundo, o galpão é novo e está em uma região onde a demanda está crescente. “Não acho que vamos ter dificuldade para achar outro locatário,” disse.
Na ação de despejo, a Tok&Stok tem o direito de pagar o aluguel, acrescido de uma multa, para conseguir manter o contrato.
O VILG11 tem um patrimônio líquido de R$ 1,65 bilhão. A cota fechou o dia em R$ 90,77, um desconto de 19% em relação ao valor patrimonial.
A notícia saiu depois que o mercado já havia fechado.