A ação da Renner sobe quase 4% no início da tarde depois que pelo menos dois acionistas zeraram posições no papel.
Na manhã de hoje, um cliente da Goldman vendeu 10 milhões de ações a R$ 18,30, o que dá cerca de R$ 183 milhões — segundo a Goldman, o bloco foi apenas uma troca de posição à vista para swap. Na semana passada, um outro cliente vendeu mais 40 milhões de ações a R$ 18,20 via corretora Itaú, o equivalente a R$ 728 milhões.
A soma destes dois blocos chega a R$ 913 milhões, ou 5% do valor de mercado da Renner, de R$ 18 bilhões por volta das 13 horas.
Com as vendas, a liquidação no papel parece ter acabado, o que tirou o overhang da ação.
A ação tem sido castigada pela ameaça existencial colocada pela Shein e outros players chineses, que têm ganho market share no mercado brasileiro, bem como o temor de gestores de que as altas temperaturas prejudiquem as vendas da coleção de inverno.
A Renner reporta seu segundo trimestre no dia 3 de agosto e enfrenta uma base de comparação difícil, dado que o segundo tri do ano passado foi forte graças ao frio intenso e à reabertura pós-covid. As expectativas para a financeira do grupo também são baixas.