Por trás da figura do político técnico e articulado que comandou o Rio de Janeiro nos anos 1990 e 2000, existe uma história que atravessa a repressão, o exílio e o caos urbano.
Aos 23 anos, Cesar Maia era um jovem militante perseguido pela ditadura. “Fui preso umas três ou quatro vezes”, contou neste episódio. Foi exilado e se formou em economia no Chile, onde conheceu e se casou com a mãe de Rodrigo Maia.
De volta ao Brasil, participou da campanha de Leonel Brizola na conturbada eleição para o governo do Rio de Janeiro de 1982. Brizola foi eleito e Maia foi nomeado secretário de Fazenda.
Em seguida, rompido com Brizola, foi eleito deputado federal constituinte em 1986 e reeleito em 1990. No meio do mandato, candidatou-se a prefeito do Rio e venceu.
Ali nascia a marca registrada de Cesar Maia: austeridade fiscal com visão urbanística. Como prefeito, em 1993 e 2000, ele implementou iniciativas bem-sucedidas, como o projeto Favela-Bairro, que levou infraestrutura e lazer às favelas cariocas.
O projeto foi replicado na Colômbia e deu mais certo lá do que aqui, onde a iniciativa foi abandonada. “A leniência no combate às milícias, esses comércios ilegais, o tráfico de drogas… vai saindo de controle.”
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