O Nubank apresentou resultados recordes em 2024, reforçando a capacidade de execução e o modelo único de negócios que combina crescimento, rentabilidade, custos baixos, eficiência, e foco absoluto na qualidade dos serviços e produtos para o cliente. 

Com mais de 114 milhões de clientes, o Nubank aumentou a receita anual em quase 60% (US$ 11,5 bilhões) e praticamente dobrou o lucro líquido (US$ 2,0 bilhões).

“Embora tenhamos uma das maiores, se não a maior, base de clientes totalmente digital no Brasil, só temos cerca de 3% da receita em serviços financeiros na América Latina. Pode parecer que somos grandes, mas somos minúsculos,” David Vélez, o CEO do Nubank, disse no Nu Videocast, programa de entrevistas da empresa. 

A porcentagem de 3% se refere ao potencial aproximado de receitas em serviços financeiros na região, que é de cerca de 200 bilhões de dólares, segundo dados da Oliver Wyman.

O Nubank, segundo o fundador, mantém a tese intacta: seu modelo digital, que gera um custo para servir por cliente em média 85% mais baixo do que o de incumbentes, permite investir em melhores produtos e serviços, que atraem mais clientes, engajam mais os já existentes, e faz a roda de crescimento girar. 

Para chegar lá, a empresa vai equilibrar apostas de curto e longo prazo. 

“Nosso foco permanece em maximizar o valor de longo prazo, tanto da empresa quanto das relações com os clientes,” disse Vélez. “Isso envolve fazer investimentos deliberados a curto prazo para abrir oportunidades de crescimento futuro, aumentar o engajamento dos clientes e reforçar nossa posição de liderança nos mercados onde atuamos.” 

Longe da saturação

O Nu terminou 2024 no posto de terceira maior instituição financeira do Brasil em número de clientes, tendo conquistado mais clientes do que os cinco maiores incumbentes do país juntos ao longo do ano. 

Somadas as três operações, são 114 milhões de clientes – 83% dessa base é ativa mensalmente, fora da curva na comparação com o mercado. Além disso, 61% deles têm no Nu sua relação financeira principal, número que vem crescendo. 

Vélez disse que um dos principais objetivos é continuar aumentando esses indicadores por meio da satisfação dos clientes. Por isso, a companhia continua investindo em melhores serviços e experiência diferenciada, marca do Nu.

No Brasil, o ritmo de crescimento da oferta de crédito com garantia – especialmente o consignado – chama atenção e segue sendo uma oportunidade, afirma Vélez. 

Os números mostram isso: esse portfólio cresceu 615% em 2024 e hoje o Nubank tem acesso a 70% do mercado endereçável de consignado. Para completar, o crescimento desse tipo de empréstimo também impactou positivamente nos índices de inadimplência, que vêm caindo. 

Outra grande oportunidade de maior geração de receita é o segmento de alta renda, que expandiu 132% em relação a 2023 no Brasil. Agora, o objetivo é trazer uma fatia maior da vida financeira desses clientes para o Nu. 

Outra prioridade do Nubank é o México, que atingiu 10 milhões de clientes, dobrando sua base nos últimos 12 meses e aumentando o valor de depósitos em mais de 400% ao longo de 2024. 

Em 2025, segundo companhia, o foco é acelerar ainda mais a expansão com a esperada conclusão do processo de obtenção da licença bancária. 

Na Colômbia, o Nu chegou em 2021 e teve um crescimento ainda mais acelerado do que nos outros dois mercados – já são mais de 2.5 milhões de clientes –, e agora mira numa plataforma multiprodutos mais ampla, para conquistar e engajar mais clientes. 

Jogo Infinito

Em 2024, a empresa começou a abrir o leque também para opções além dos serviços financeiros. Os primeiros exemplos são o Nu Viagens, que inclui compra de passagens, reserva de hospedagens e uma conta global completa para clientes Ultravioleta, o Shopping do Nu e o NuCel. 

“O fato de termos uma grande base de clientes, para qual podemos oferecer esses produtos a custo marginal de aquisição zero, cria uma oportunidade muito grande em termos de cross-sell,” disse Veléz sobre a expansão de verticais. 

Para conseguir ganhar escala com qualidade e eficiência, o Nu investe no uso da inteligência artificial para personalização. 

Para Vélez, o futuro da simplificação e assertividade dos serviços financeiros está no desenvolvimento do que vem chamando de AI Private Banker

“A ideia é oferecer à população de baixa renda a mesma experiência financeira que hoje está disponível apenas para o 1% mais rico,” disse.

Para chegar lá, Vélez lembra que a companhia segue confiante de sua tese a longo prazo, que prioriza serviços, produtos e experiência de excelência. Enquanto prepara as bases para os novos passos na expansão, o Nu continua focado em crescer seus mercados prioritários.

David Vélez detalha as prioridades do Nu para 2025 em episódio do Nu Videocast:

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