Num almoço ontem com Temer e os governadores, Henrique Meirelles disse: “Vamos entrar 2018 crescendo 3% ao ano.”
“A economia brasileira já está reagindo. Não estávamos numa recessão; estávamos numa depressão.”
“Voltei agora de Washington. No FMI, nas agências e nos bancos, as pessoas só me faziam duas perguntas: crescimento e previdência. Para chegarmos em 2018 com esse crescimento, precisamos aprovar a previdência. O crescimento de 3% está baseado na confiança do mercado de que a reforma será aprovada. O que está em jogo é muito mais do que a reforma da previdência: é a recuperação da economia este ano e em 2018 — que todos sabemos é um ano importante para todos aqui — além de ser importante para a dívida dos Estados.”
“Quem combate a reforma está apostando que vai ganhar com o Brasil afundando ainda mais.”
Falando em nome de seus pares, Marconi Perillo, governador de Goiás, disse que a reforma atual é insuficiente para os Estados porque deixou de fora os militares.
E, com números discrepantes sobre a economia que a reforma trará, dadas as inúmeras concessões já feitas, coube ao governador do Rio Grande do Sul dizer que o rei estava nu.
Meio a sério, meio brincando, José Ivo Sartori disse que o relator Arthur Maia [presente ao almoço] deveria incluir no texto que a Previdência “precisará de uma revisão a cada cinco anos.”
Em sua vez de falar, Temer contou que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, lhe disse que a Espanha passou por um processo difícil de reforma da Previdência, com muitos protestos, mas que ao final a população entendeu a importância da reforma e… ele foi reeleito.
No almoço foram servidos frango, filé e salada, mas o prato principal — aquele que dava água na boca de todo mundo — era 2018.