O L Catterton está prestes a fechar a compra do laboratório Femme, uma rede de cinco unidades voltadas para a saúde da mulher com atuação na cidade de São Paulo, marcando a entrada do fundo de private equity no setor de medicina diagnóstica no Brasil.
A operação, que envolve 60,5% do capital da rede, já foi submetida previamente e aprovada pelo Cade.
Voltado para as classes A e B, o Femme faturou R$ 73 milhões em 2017. Além dos exames feitos nas unidades próprias, o Femme também processa exames coletados em consultórios médicos.
O laboratório foi fundado em 1994 pelo ginecologista Dirceu Ramires. Mas foi em 2000, após concluir uma especialização em gestão hospitalar e contratar uma consultoria de marketing, que o filho de Ramires, Rogério, também ginecologista, deu tração ao negócio, redefinindo a marca e posicionando-a como o “Laboratório da Mulher”.
Rogério Ramires e o médico Décio Roveda Jr são sócios do negócio, que, em 2015, contou com a entrada do fundo Casa de Gestão – um veículo de investimento de Ricardo Delneri e Renato Amaral, fundadores da Renova Energia –, que passou a compartilhar o controle.
Nos últimos quatro anos, o Femme saiu de apenas uma unidade no bairro do Paraíso para outras quatro: duas no mesmo bairro, uma em Moema e outra no Tatuapé, inaugurada no começo deste ano.
Um dos maiores fundos de investimento voltados para o mercado de consumo do mundo, o L Catterton estreou no País em 2016 com a compra do controle do Grupo St Marché (que opera uma rede de supermercados com o mesmo nome), o Empório Santa Maria e o Eataly.
No ano seguinte, investiu na rede de Espaço Laser, de depilação definitiva.
Em documentos enviados ao órgão antitruste, o Catterton afirma que a compra do controle contribuirá para que o Femme “possa continuar crescendo e se torne cada vez mais competitivo no setor brasileiro de medicina diagnóstica”.