A Marfrig é o investidor que está comprando agressivamente ações da BRF, e pretende chegar a 20% do capital da companhia, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
Nas últimas semanas, a companhia de Marcos Molina fez uma posição de 4,9% na BRF na forma de ADRs, permanecendo fora do radar dos investidores que acompanham os filings na CVM.
Num leilão acontecendo agora na B3, a Previ pretende vender cerca de 24 milhões de ações a R$ 27,15 — e a Marfrig pretende comprar parte substancial.
O objetivo de Molina não é fundir as duas empresas, como se especulou esta semana. O empresário tem mais de 50% do capital da Marfrig e pretende continuar controlando sua empresa.
Ainda assim, uma posição de cerca de 20% fará da Marfrig o acionista de referência da BRF. As implicações regulatórias deste movimento, no entanto, não estão claras.
Por volta de 15 horas, a BRF subia 10%. A Marfrig, que chegou a operar em alta de quase 9%, reduziu a alta para 1% agora.
Hoje, os maiores acionistas da BRF são Petros (9,9%), Previ (9,16%) e Kapitalo (5%).
Dois anos atrás, a Marfrig propôs uma fusão com a BRF — em termos que, na época, eram muito mais favoráveis do que hoje aos acionistas da BRF se as empresas se fundissem pelo valor de mercado. O board da BRF, no entanto, rejeitou a proposta.