A Amazon e a Shopee estão na reta final para locar a maior parte do Faria Lima Plaza, transformando o edifício icônico do Largo da Batata num verdadeiro polo do ecommerce brasileiro.
O escritório Cescon Barrieu já alugou duas lajes.
Juntos, os três inquilinos representam 95% da área bruta locável do edifício, que ainda deve ser entregue em agosto — marcando uma reviravolta num mercado imobiliário que sofreu um ano e meio com a narrativa de que o home office veio para ficar.
O perfil de locação do edifício reforça a vocação da parte norte da Faria Lima para a indústria criativa e de tecnologia. Nomes como Kaszek, Canary e PagSeguro estão em Pinheiros/Vila Madalena, bem como dezenas de startups.
Há dois anos, o Nubank cogitou ocupar todo o prédio, que foi projetado pelo KPF — o mesmo escritório americano que desenhou o Hudson Yards e o Infinity, a sede do Credit Suisse e do Facebook no Itaim.
A revitalização do Largo da Batata — agora reforçada pelo Faria Lima Plaza — complementa o fortalecimento do eixo da Rebouças, onde diversos empreendimentos residenciais e comerciais estão em fase avançada de construção.
Os novos inquilinos já contrataram escritórios para fazer modificações no prédio, adequando-o ao mundo pós-pandemia.
A locação é uma boa notícia para o XP Properties (XPPR11), um fundo imobiliário da XP que em setembro comprou 40% do edifício da HSI, que desenvolveu o prédio em parceria com o Grupo VR, do empresário Abram Szajman. A VR ainda tem 60% do edifício.
A cota do XPPR11 apanhou muito na pandemia por conta da narrativa de que home office dominaria o mundo.
As corretoras CBRE e a Jones Lang LaSalle (JLL) estão envolvidas na comercialização, que ainda está na fase de contratos.
O mercado especula um aluguel ao redor de R$ 160/metro.