Cinco senior private bankers do Itaú Private acabam de deixar o banco para abrir um novo escritório vinculado à XP.
Bruno Rondelli, Bruno Cortes, Frederico Rolfsen, Pedro Welker e Pedro Lafayette pediram demissão ontem à tarde no Itaú e devem cumprir um período de non-compete de dois meses antes de começar a atuar no novo escritório.
O time vai focar em clientes com liquidez entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões.
A XP está em negociação com outros quatro grupos de executivos do private do Itaú para fazer o mesmo movimento, uma fonte a par das conversas disse ao Brazil Journal.
O grupo vê oportunidade de dar um atendimento mais personalizado reduzindo o número de clientes que cada banker atende — em vez dos 200 CPFs por banker comuns nos grandes bancos.
Os cinco executivos tinham uma carteira somada de cerca de R$ 20 bilhões e a maioria estava há mais de 10 anos no Itaú.
A XP não terá participação acionária no novo escritório, mas fechou um contrato de exclusividade de distribuição por um período determinado, como é padrão nesse tipo de acordo.
A saída ainda não é tão significativa para o Itaú, que tem cerca de 100 bankers em sua estrutura private. Mas, caso seja a primeira de uma leva, pode começar a gerar dor de cabeça.
A movimentação vem dois meses depois da XP bancar um grupo de bankers do private do Credit Suisse para montar a WHG, uma boutique de wealth management.