O BTG Pactual começou a cobrir o Nubank com recomendação neutra e preço-alvo de US$ 10 – em linha com o preço de tela do papel.
É o primeiro relatório do sellside sobre o banco depois do IPO.
Os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura dizem que o Nubank é uma história muito convincente, com “quase tudo que uma fintech pode desejar: uma marca amada, milhões de clientes engajados, um fundador ambicioso e um cap table incrível.”
No entanto, eles consideram o valuation muito elevado diante da deterioração atual do cenário macroeconômico. No IPO, o Nubank foi avaliado em US$ 41,5 bilhões, o que fez dele a instituição financeira mais valiosa da América Latina. Para o BTG, esse quadro faz da ação uma “aposta arriscada”.
“O Nu ainda parece muito mais com um banco do que com um software. E os bancos têm necessidades de capital e custos com a inadimplência à medida em que crescem”, dizem os analistas.
Assim, o BTG acredita que, diante da deterioração macro do Brasil, a melhor estratégia para o Nubank parece ser a prudência. “Mas um valuation tão alto vai aceitar a necessidade de ser mais prudente em relação ao crescimento no próximo ano?” questionam os analistas.
No in;icio da tarde, a ação do Nubank cai quase 4% para US$ 9,60, em linha com a queda global dos mercados.