Mais do que qualquer Presidente da República, a esperança para o Brasil é um Congresso equilibrado, de gente competente, honesta e trabalhadora – pessoas com sangue nos olhos, sede de mudança, e que estão na política por ideal. O mesmo vale para as assembleias estaduais.
Abaixo, seis candidatos que, em nossa opinião, podem melhorar o Brasil.
Leonardo Siqueira, deputado estadual de São Paulo pelo Novo – 30.600
Filho de uma professora da rede básica e de um mecânico de avião, Leonardo Siqueira teve sua vida transformada pela educação.
Depois de estudar numa escola preparatória para a Aeronáutica, conseguiu uma bolsa na FGV e se formou economista. Foi estagiário do BTG e trainee do Itaú BBA antes de entrar no mestrado na Barcelona School of Economics.
Agora, Leo está no último ano de seu doutorado no Insper, onde prepara uma tese sobre o “manicômio tributário brasileiro”.
“A ideia é entender como essa complexidade tributária do Brasil prejudica o ambiente de negócios, obrigando as empresas a gastar dinheiro onde não deveriam,” disse ele.
O candidato também é co-fundador do Terraço Econômico, um site de notícias e artigos sobre economia e política, e do Mais Educação, uma ONG que ajuda brasileiros carentes a fazer graduações e pós no exterior. Ele tem mais de 186 mil seguidores no Instagram, 43 mil no Twitter e 58 mil no TikTok (detalhe: sem fazer dancinha, só falando de economia).
Como deputado estadual, Leo quer defender três pautas principais: a educação básica, “a única forma de promover igualdade de oportunidades”; o combate aos privilégios dos burocratas e políticos, “já que cada centavo economizado pode ser usado para causas mais prioritárias”; e a melhoria do ambiente de negócios, “já que nenhum país se desenvolveu com ódio aos empreendedores.”
João Pires, deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PSD – 55.021
Nascido em São Gonçalo, o segundo município mais populoso (e um dos mais pobres) do Rio, João Pires decidiu entrar na política para estender a outros as oportunidades que teve com a educação.
“Minha família era muito pobre e depositou todas as esperanças no meu estudo. Quando eu tinha 15 anos, minha mãe me proibiu de trabalhar como cobrador para eu poder focar 100% nos meus estudos para a faculdade,” disse João.
Deu certo. O jovem passou em segundo lugar no curso de economia da Universidade Federal Fluminense, onde teve seu primeiro contato com o setor público.
Ainda na faculdade, tornou-se assessor parlamentar do deputado estadual Renan Ferreirinha – hoje candidato a deputado federal em dobradinha com ele – atuando na fiscalização das contas públicas. Em seguida, trabalhou com Ferreirinha na Secretaria de Educação do Estado do Rio.
Em 2020, João se candidatou a vereador e foi o jovem mais votado de São Gonçalo – mas perdeu a eleição dado o quociente eleitoral.
Sua principal pauta é combater a evasão escolar e investir na educação profissionalizante.
“Não podemos nos iludir achando que todos os jovens têm o luxo de sair do ensino médio sem uma profissão. Às vezes, é o trabalho que ajuda eles a conseguirem estudar.”
Lucas Paulino, candidato a deputado federal de Minas Gerais pela Rede – 1818
Lucas Paulino é doutor em direito constitucional pela UFMG (com sanduíche em Harvard), professor da PUC-Minas e servidor público há mais de 10 anos, trabalhando como técnico legislativo da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
O belo currículo à parte, foi sua atuação política que ganhou notoriedade nos últimos anos. Lucas liderou uma campanha que arrecadou dinheiro para comprar dezenas de outdoors criticando o Governo Bolsonaro por sua gestão da pandemia.
“Esse ativismo dos últimos anos me deu uma projeção grande, que me encorajou a sair candidato,” disse ele.
Sua principal pauta: a valorização da ciência e da educação. “Temos a bancada do boi, da bala e da bíblia, mas o que precisamos mesmo é de uma bancada da ciência.”
Ricardo Rangel, candidato a deputado federal do Rio de Janeiro pelo Cidadania – 2300
Formado em administração pela UFRJ com pós-graduação em telecom pela IBMEC, Ricardo Rangel trabalhou 12 anos no Grupo Icatu.
Lá, foi conselheiro de várias investidas do grupo, incluindo a Conspiração Filmes, uma das maiores produtoras independentes do Brasil. Ao sair da Icatu, virou sócio da Conspiração, onde ficou mais 12 anos.
Rangel também é colunista de política da revista Veja, de onde está licenciado por conta da candidatura.
Está tentando pela segunda vez se eleger como deputado federal, depois de ter batido na trave em 2018.
“O Estado brasileiro é muito caro, e não presta os serviços básicos que tem que prestar: educação, saúde e segurança,” disse Rangel. “A política era uma atividade nobre, as pessoas se candidatavam para lutar e para melhorar o País. Agora, virou uma atividade mal vista, suja, e as pessoas honestas não querem mais fazer política. O resultado disso é que quem faz política são os outros… Precisamos mudar isso.”
Felipe Rigoni, candidato a deputado federal do Espírito Santo pela União Brasil – 4404
Um dos nomes mais promissores do Congresso, Felipe Rigoni foi eleito em 2018 pelo PSB como o candidato mais votado de seu Estado. Agora, o capixaba de Linhares está tentando seu segundo mandato pelo União Brasil.
Rigoni já mostrou a que veio. No primeiro mandato, foi autor de 133 projetos de lei e conseguiu aprovar sete, incluindo o Marco Legal das Startups e o PL da Conectividade.
Também é autor do PL 17/2022, que propõe regular o Fisco e ainda está em tramitação.
Rigoni também foi relator de 100 outros projetos de lei, incluindo o PL do Governo Digital e a lei que regulamentou o novo Fundeb, o Fundo de Investimentos da Educação Brasileira, que melhorou muito a forma como o dinheiro é aplicado.
“Agora há um incentivo financeiro para prefeitos e governadores melhorarem o resultado de aprendizagem dos alunos,” disse ele “Os que tiverem os melhores resultados vão receber mais dinheiro.”
Um exemplo para o Brasil, Rigoni ficou cego aos 15 anos depois de sofrer com uma doença degenerativa nos olhos – e mesmo com essa deficiência, tornou-se um padrão de excelência. Foi um dos melhores da turma no ensino médio e entrou na Universidade Federal de Ouro Preto – onde seis anos depois se graduou como o melhor aluno da turma de engenharia da produção.
Também fez um mestrado em políticas públicas na Universidade Oxford com ajuda da Fundação Estudar e da Fundação Lemann.
O homem trabalha e confia, fazendo jus ao lema de seu Estado.
Daniel José, candidato a deputado federal de São Paulo pelo Podemos – 1920
Daniel José de Oliveira foi eleito deputado estadual em 2018 pelo Podemos, depois de passar pela formação do RenovaBR. Agora, está tentando se eleger como deputado federal.
Daniel veio de uma família pobre – é filho de uma diarista e o mais novo de 11 irmãos – e só conseguiu mudar de vida por conta da educação.
Uma bolsa da Fundação Estudar permitiu que ele se formasse em economia no Insper. Mais tarde, foi admitido em Yale num mestrado em relações internacionais que só aceita 25 alunos por ano.
Daniel divide seu plano de mandato em três pilares essenciais para o crescimento do País no longo prazo: a reforma educacional, a reforma administrativa e a reforma tributária.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, Daniel foi autor em 2019 do projeto de lei do ICMS Educacional, que altera os critérios de repasse do ICMS para as prefeituras com base na qualidade do ensino.
O PL propunha repassar um valor maior para os municípios que se empenhassem mais no aumento da qualidade educacional, tanto na alfabetização quanto nos anos iniciais do ensino fundamental.
SAIBA MAIS — PARA MUDAR O BRASIL
Apesar do descrédito com a política, há muita gente boa — como os nomes acima — esperando que o eleitor lhe dê uma chance. O RenovaBR trabalha para formar bons nomes em todos os Estados. Saia da inércia. Pesquise. Escolha gente de qualidade. The Revolution Will Not Be Televised…
Renovação política corre risco, mas “ainda dá tempo”, diz RenovaBR