O JP Morgan rebaixou sua recomendação para a Suzano de compra para neutro citando a dinâmica de preços de papel e celulose.
Como a Suzano é vista como uma proxy para o preço da commodity, que deve comprimir nos próximos meses, o banco acha que o papel não deve performar tão bem quanto os peers até que haja uma estabilização do preço.
Ainda assim, o JP Morgan colocou um preço-alvo de R$ 71,5 na ação, um upside potencial de 25% em relação ao preço de tela.
O JP disse que a Suzano negocia a 7,1x o EBITDA deste ano e a 7,3x o do ano que vem, comparado a uma média histórica de 6,8x.
No mesmo relatório, o JP reiterou sua recomendação de compra para a chilena CMPC e para a Klabin.
“Vemos a CMPC com um alto desconto de múltiplo (ela negocia a 5,8x o EBITDA deste ano versus uma média do setor de 8,4x) e com alto upside potencial em relação ao nosso preço-alvo (55%),” escreveram os analistas.
“Olhando para os preços implícitos [nos valores de mercado], vemos a CMPC refletindo o menor preço (US$ 461/tonelada), e a Suzano com o maior (US$ 528/tonelada).”
Sobre a Klabin, os analistas disseram que a preferem a empresa em vez da Suzano porque ela tem menor exposição à celulose, um ciclo de expansão de capex que vai terminar antes, e um maior potencial de upside.