O Carlyle está em conversas finais para comprar uma participação minoritária no Madero, a rede que se autointitula a casa do “melhor hambúrguer do mundo.”
A informação foi antecipada pelo Valor PRO e confirmada pelo Brazil Journal.
Segundo fontes próximas à negociação, o Carlyle fez uma oferta vinculante ao fundador da rede, Luiz Renato Durski Junior. A operação depende da conclusão de uma ‘due diligence’, e deve ser concluída até o fim do ano. As conversas entre as duas partes se estendem há meses.
O Carlyle está avaliando a companhia em cerca de R$ 3 bilhões, um pouco abaixo do ‘valuation’ buscado por Durski. Para efeito de comparação, o Burger King Brasil vale R$ 3,5 bilhões na B3, e tem caixa líquido.
A maior parte dos recursos entrará no caixa do Madero para aposentar uma dívida — salgada — que a hamburgueria tem com um fundo de ‘high-yield’ gerido pela HSI Investimentos, uma gestora focada em real estate. Haverá também uma pequena oferta secundária, na qual Durski ganhará liquidez.
O Madero deve fechar dezembro com 150 lojas e quer chegar a 220 no ano que vem. O faturamento bruto foi de R$ 510 milhões em 2017, 67% a mais que no ano anterior, e a rede continua crescendo a taxas gordas de dois dígitos. Este ano, o faturamento deve chegar perto de R$ 1 bi.
Numa entrevista à revista Poder em setembro, Durski disse que as vendas no conceito ‘mesmas lojas’ estavam subindo 11% ano contra ano, acima da média do setor, que, segundo ele, é de 6%.
Durski tem cerca de 91% do capital do Madero; outros 5% pertencem ao empresário Luciano Huck, que investiu na companhia por meio de seu fundo Joá e foi a estrela de comerciais da marca.
Esta é pelo menos a segunda vez que o Madero negocia com fundos de private equity. Uma rodada anterior atraiu virtualmente todos os grandes players do mercado, mas não houve acordo quanto ao valuation.