Depois do fechamento do mercado, a Goldman Sachs elevou sua recomendação para a Dasa de ‘neutro’ para ‘compra’, citando o valuation descontado e chamando a empresa de um “veículo interessante para surfar o movimento de corte de juros.”
“Acreditamos que o approach de saúde coordenada e a presença nacional da Dasa com hospitais e laboratórios é uma estratégia vencedora no setor de saúde,” escreveu o analista Gustavo Miele.
Segundo o analista, a empresa tem catalisadores de curto e médio prazo, incluindo o corte dos juros esperado para este ano. Como a Dasa tem uma duration longa e alavancagem muito alta — de 4.6x o EBITDA deste ano, nas contas da Goldman — ela deve se beneficiar muito da queda da Selic, com um impacto relevante na geração de caixa.
Para a Goldman, a Dasa também se tornou mais focada em eficiência nos últimos trimestres e vem trabalhando para melhorar sua rentabilidade com uma redução do SG&A — o que deve levar a uma expansão das margens.
Para completar, a alocação de capital da Dasa deve se tornar mais racional, com uma redução do capex, principalmente na parte de tecnologia, que vinha consumindo de 30% a 40% do capex.
Gustavo cita ainda as iniciativas da empresa de fortalecer sua estrutura de capital e o liability management — por exemplo, o potencial alongamento de uma dívida de R$ 3,1 bi que vence no ano que vem.
Nas contas da Goldman, a Dasa negocia hoje a um múltiplo de 7,5x o EBITDA deste ano e 6,5x o do ano que vem, um desconto de 24% e 20% em relação às médias históricas da companhia.
A Goldman elevou seu preço-alvo de R$ 10 para R$ 15, um upside potencial de mais de 40% em relação ao preço de tela.
A Dasa vale perto de R$ 8 bilhões na B3.