Era sexta de manhã em Londres quando Mick Jagger autorizou o uso de Start Me Up, uma das músicas mais famosas dos Rolling Stones – e agora a trilha da nova campanha de marketing da XP.
A campanha, que estreia hoje na TV aberta, canais a cabo e na internet, é o coração de um reposicionamento de marca do supermercado financeiro de Guilherme Benchimol – desta vez com o mote “O Impossível é só o começo”.
O “impossível” faz alusão à história da companhia, que começou numa sala de 25 metros no centro de Porto Alegre e se tornou um pilar do mercado de capitais brasileiro.
Também alude ao fato de que a XP, que tinha menos de R$ 100 bi em ativos sob custódia em 2017, estar agora prestes a atingir R$ 1 trilhão em ativos.
“Essa campanha nasce de dentro para fora,” disse Caroline Namora, a diretora de marketing da XP. “A gente se enxerga assim hoje e temos certeza que vamos nos enxergar assim em 10, 20 anos: sempre vamos estar só no começo e construindo esse impossível.”
Um trabalho iniciado há oito meses, o novo posicionamento vem num momento em que a XP busca reenergizar sua rede de agentes autônomos, colaboradores e clientes num ano que tem sido brutal para o mercado de capitais e a performance da própria empresa na Bolsa.
O filme que estreia hoje ficará no ar por três semanas. Depois entrarão no ar outros, promovendo produtos e serviços.
A campanha nasceu a partir do insight da equipe interna da XP de usar a trilha de Start Me Up: além de ser uma música que marcou um tempo e uma geração, os Rolling Stones projetam uma imagem de rebeldia e contrariedade ao status quo, a mesma que a XP usou para se posicionar como alternativa aos bancos.
“Mais que uma marca de serviços financeiros, queremos que a XP seja um símbolo, um manifesto, um movimento,” disse o CMO Lisandro López.
Este é o primeiro reposicionamento de marca desde 2021, quando o mote da companhia era “Investir Transforma.”
A campanha é uma criação da MGNT (pronuncia-se ‘Magenta’) – a agência estratégica da XP – e teve produção da Tropical Film.
Para obter a autorização de Jagger, a XP produziu algumas versões da trilha e as submeteu à equipe da Sony, que licencia os Rolling Stones.
No final, a autorização quase esbarrou num glitch: a voz do intérprete estava muito parecida com a de Jagger. Mas depois de alguns ajustes, o impossível se tornou possível.