A XP reportou um trimestre recorde em abertura de contas, receita, margem e lucro, e disse que a captação de dinheiro novo — que sofrera em abril e maio — se recuperou em junho.

O net new money do trimestre ficou em R$ 29 bilhões.

Essa captação líquida — que ficava entre R$ 10 bi e R$ 12 bilhões/mês no pré-covid — caiu para R$ 7 bilhões em abril e R$ 8 bilhões em maio, mas ultrapassou R$ 14 bilhões em junho, batendo o guidance da companhia de R$ 10-12 bi.  

A XP reportou um lucro líquido ajustado de R$ 565 milhões com margem líquida ajustada de 29,4%, contra 19,9% no mesmo tri do ano passado e 23,9% no primeiro tri deste ano.

A receita líquida foi de R$ 2 bilhões.

A XP disse que a Expert — seu evento anual para investidores — acelerou a abertura de novas contas em julho. Naquele mês, a companhia abriu 190 mil novas contas, comparado a uma média mensal de 144 mil no primeiro semestre.

Os ativos sob custódia subiram 59% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, chegando a R$ 436 bilhões. Em relação ao primeiro tri, o aumento foi de 19%.

A companhia tem agora 2,36 milhões de clientes ativos, 81% a mais que ao final do mesmo período do ano passado. (A XP define cliente ativo como aquele que tem mais de R$ 100 na corretora ou que transacionou com a empresa pelo menos uma vez nos últimos 30 dias.)

O número de agentes autônomos chegou a 7.059 contra 6.887 no primeiro tri, com o processo de seleção de novos AAs paralisado por quase três meses por conta da pandemia.

O banco de investimento — uma linha de receita que a empresa chama de ‘issuer services’ — já havia crescido gradualmente de 6% para 9% da receita total, mas caiu para 3% no segundo tri.

A XP disse que participou de 67 transações que movimentaram R$ 60 bilhões no curso do primeiro semestre.