A Mosaico, recentemente vendida ao Banco Pan, originou R$ 535 milhões em GMV durante os quatro dias de Black Friday (25 a 28/11), a primeira da companhia oferecendo cashback.
O resultado – recorde – é o dobro do alcançado pela Mosaico no mesmo período de 2020 e 20x maior que o crescimento do mercado, considerando que o comércio eletrônico brasileiro cresceu apenas 5% nesta Black Friday, segundo a NielsenIQ Ebit.
Os números também marcam uma reversão de tendência. Depois de experimentar uma queda de vendas de cerca de 20% no segundo e terceiro trimestres, a Mosaico voltou a uma trajetória de crescimento de dois dígitos.
A companhia, dona dos sites Zoom e Buscapé, começou a ofertar o cashback em maio depois que identificou que parte dos consumidores tinha o hábito de pesquisar preços e produtos em sua plataforma e em seguida fechar a compra em concorrentes como Inter e Méliuz para ganhar cashback.
O chairman da Mosaico, Guilherme Pacheco, disse ao Brazil Journal que a maior parte das vendas foi fechada com cashback, e que a companhia chegou ao evento com uma cobertura de cashback para 80% dos produtos na plataforma.
Também agora de manhã, a Méliuz disse que fez um GMV de R$ 923 milhões em novembro, um crescimento de 87% e um recorde para um único mês. (A companhia costuma reportar o chamado ‘GMV captado’, que não reflete ‘quebras’ na compra que ocorrem, por exemplo, quando o cartão do cliente não é aprovado. Essas quebras tipicamemte reduzem o GMV final em 20%.)
Já o Inter disse no início da semana que suas vendas na Black Friday também dobraram, para R$ 208 milhões (o número, ao contrário da Mosaico, refere-se a apenas um dia). No acumulado do ano, as vendas geradas no Inter Shop superam R$ 3 bilhões.