A WEG pode ser uma das grandes beneficiárias da crise energética na Europa, segundo o Itaú BBA.
Num relatório publicado hoje, o banco disse que o aumento dos custos de energia na Europa para níveis “sem precedentes” deve acelerar a necessidade de buscar maior eficiência energética.
Isso vai se traduzir em uma maior demanda por motores e drives de baixa voltagem (já que os motores industriais representam 25% de todo o consumo de energia na Europa).
“Acreditamos que isso possa suportar um momentum de resultados positivo para a WEG na região, permitindo que ela ganhe market share num mercado muito grande (US$ 7,5 bilhões),” escreveu o analista Daniel Gasparete.
A WEG tem 7 fábricas na Europa focadas em motores de baixa, média e alta voltagem. As receitas vem crescendo numa taxa média anual composta de 10% nos últimos 5 anos, em dólar, e atingiram US$ 700 milhões nos últimos 12 meses (cerca de 15% das receitas totais da WEG).
Mas o Itaú ainda vê espaço para crescimento, dado que “o tamanho do mercado é gigantesco e o share da WEG ainda é baixo.”
Segundo os analistas, a companhia tem share de 8% no mercado de baixa voltagem e de apenas 1% no de drives de baixa tensão.
O Itaú reiterou sua recomendação de compra para a ação e disse que também vê o valuation da WEG como atrativo.
Nas contas do banco, a companhia negocia a 25x seu lucro do ano que vem — um múltiplo 43% abaixo da média histórica e 30% abaixo do prêmio histórico em relação aos pares globais e empresas locais de alta qualidade.
A WEG vale R$ 119 bilhões na Bolsa.