A Aena deu o primeiro passo para operar voos internacionais em Congonhas. 

A Secretaria Nacional da Aviação Civil (SAC) emitiu hoje um parecer favorável a que o terminal possa, no futuro, receber viagens internacionais – mas o tema ainda está em estágio embrionário, uma fonte com conhecimento da operação disse ao Brazil Journal

O processo precisa passar agora pela avaliação dos chamados órgãos anuentes – Polícia Federal, Receita Federal, Vigilância Sanitária (Anvisa) e Vigilância Agropecuária Internacional – além de depender do interesse concreto das companhias aéreas.

Portanto, o parecer da SAC ainda não autoriza nem crava o início dos voos internacionais.

“O que a Aena obteve agora foi a autorização para explorar essa alternativa. Isso não significa que os voos vão acontecer. Significa que a Aena pode estudar essa possibilidade,” disse.

De qualquer maneira, a operação internacional em Congonhas só poderá acontecer após as obras de ampliação do aeroporto, previstas para terminar em junho de 2028 e que incluem um novo terminal de passageiros.

As obras vão expandir a área de terminais de passageiros de Congonhas de 40 mil metros quadrados para 105 mil metros quadrados.

A fonte disse que a Aena ainda não conversou com as companhias aéreas, mas que esse contato deve acontecer nos próximos meses. A ideia é que a operadora consiga bater o martelo até meados de 2027.

Não está claro ainda se a operação de aviação executiva no aeroporto será afetada com essa expansão, assim como os voos regionais (em especial a ponte aérea Rio-São Paulo).

A Aena está operando Congonhas desde outubro de 2023 – e investindo R$ 2,4 bilhões na operação. Mais de 23 milhões de passageiros passam pelo aeroporto a cada ano. 

Em dezembro, a Aena levantou R$ 5,3 bilhões em debêntures e R$ 400 milhões em uma linha de financiamento do BNDES para avançar com a modernização de Congonhas e de outros 11 aeroportos que ela administra pela empresa no País.