As companhias aéreas estão fazendo qualquer negócio para convencer os viajantes reticentes a pisar dentro de suas aeronaves — até garantir que você não vai pegar covid dentro do avião.
A Emirates acaba de estrear um ‘seguro covid’ para todos os passageiros que comprarem passagens até 31 de outubro.
Se o viajante contrair o vírus durante a viagem, a aérea cobre todas as despesas médicas até um limite de US$ 176 mil, e paga mais US$ 118 por dia relativos aos custos da quarentena — como hospedagem — por até duas semanas. (O seguro vale por 31 dias depois do embarque, mesmo que o passageiro continue a viagem por outra linha aérea.)
Mas, se o pior acontecer, a Emirates também está lá na hora da morte: o seguro cobre os custos do funeral (até US$ 1.700).
O seguro é oferecido pela NEXtCARE, o braço de seguros de viagens da Allianz.
A Emirates sempre foi conhecida por sua primeira classe suntuosa e mil conveniências a bordo, que fizeram dela uma das mais celebradas companhias aéreas do mundo.
O seguro covid é o maior investimento de uma companhia aérea tentando convencer as pessoas de que vale a pena ficar horas dentro de um avião no meio de uma pandemia.
A Emirates foi uma das áreas mais impactadas pela covid. Ela faz apenas viagens internacionais — o segmento mais afetado do turismo — e viu a demanda pelas viagens mergulhar mais de 90% nos últimos meses. (Para garantir alguma receita, a empresa teve que pivotar seu negócio e começou a fazer viagens de transporte de cargas.)
Alguns países também estão tentando atrair turistas com incentivos econômicos: o Uzbequistão está oferecendo US$ 3 mil para visitantes que contraírem o vírus durante a viagem, enquanto o Chipre promete cobrir todos os custos de hospedagem e medicamentos de quem contrair o vírus enquanto visita a ilha paradisíaca.
A Embratur ainda não ofereceu nada.