A Visa divulgou um resultado robusto para seu segundo trimestre fiscal – batendo as expectativas do mercado em receita e lucro com folga – com as viagens voltando no pós-covid e a morte contínua do dinheiro físico.
A companhia de pagamentos teve um lucro por ação de US$ 1,79 no período; o mercado esperava US$ 1,65.
Já as vendas atingiram US$ 7,2 bi, enquanto o mercado esperava US$ 6,8 bi.
A ação opera em alta de 8% desde o início do pregão. A empresa agora vale US$ 455 bilhões na Bolsa.
A Visa disse que seu resultado foi ajudado em parte pela retomada dos gastos dos consumidores em viagens para o exterior. Esse tipo de gasto já chegou ao patamar de 70% dos níveis pré-pandemia, e deve continuar se recuperando nos próximos trimestres.
A companhia também disse que ainda não tem sentido impactos do cenário macro mais desafiador.
“Ainda que existam incertezas criadas pela alta inflação, disrupções do supply chain, altas nas taxas de juros e a invasão na Ucrânia, não há nenhum impacto evidente nos nossos volumes de pagamentos globais,” o CFO Vasant Prabhu disse numa call com analistas.
O volume de pagamentos da Visa subiu 135% no segundo trimestre fiscal na comparação com 2019, o último ano antes da pandemia. As vendas cross-border subiram 112%, enquanto as vendas nos EUA dispararam 144%.
A Visa também disse que sua operação na América Latina teve um crescimento forte no trimestre, refletindo “uma migração massiva” dos consumidores do dinheiro físico para os cartões.
“Mais e mais pessoas estão saindo do cash, e estamos vendo isso em todos os mercados,” disse o CFO.
A Visa não é a única companhia do setor surfando uma maré positiva. A American Express publicou seus resultados na semana passada e também bateu as expectativas do mercado. A justificativa foi a mesma: a retomada das viagens.
A Mastercard divulga seus números amanhã de manhã.