A ação da eToro, uma fintech israelense de social trading rival da Robinhood, subiu 29% ontem em seu primeiro dia na Nasdaq – sinalizando uma retomada do apetite dos investidores por startups de tecnologia.

“Estamos abrindo oficialmente o mercado de IPOs de tech em 2025,” afirmou Yoni Assia, o CEO e cofundador da companhia.

No primeiro dia de negociação do papel, o market cap da startup fechou em US$ 5,4 bilhões – uma valorização superior a 50% em relação ao valuation de US$ 3,5 bilhões de sua última rodada de captação, em 2023. 

Hoje a ação oscilou bastante e chegou a cair 7%, mas fechou com ligeiro recuo de 0,2%.

O IPO – ancorado pela BlackRock, que investiu US$ 100 milhões – foi o primeiro de uma fintech desde 2021. Foi também a primeira listagem de uma empresa de tecnologia desde o tarifaço de Donald Trump, no início de abril.

A eToro havia tentado abrir o capital em 2021, ao se fundir com um SPAC, buscando um valuation de US$ 10 bi. Mas a operação não encontrou interessados suficientes.  

A maior parte de sua receita vem da Europa, onde estão 70% de seus 38 milhões de clientes. A plataforma vem crescendo na Ásia e no Oriente Médio. Agora, quer conquistar clientes nos EUA.

Com sede em Tel Aviv, a companhia foi fundada em 2007 como RetailFX. Três anos depois, lançou a plataforma eToro, que trouxe como uma de suas novidades a possibilidade de os usuários replicarem as estratégias de investidores bem-sucedidos. Atualmente a maior parte de sua receita vem do trade de criptomoedas e ações.

A volatilidade dos mercados depois do ‘Dia da Libertação’ de Trump havia colocado alguns IPOs em banho-maria, como o da fintech sueca Klarna, uma investida do SoftBank. A startup entrou com o pedido de abertura de capital em março, mas acabou adiando o road show.

Outra fintech que vai testar a temperatura do mercado em breve é a Chime, que acaba de solicitar a listagem na Nasdaq com o objetivo de atingir US$ 10 bi em valuation

Na fila dos IPOs de tecnologia mais esperados no ano estão nomes como Stripe, com valor estimado em US$ 91,5 bi, e Revolut (US$ 45 bi).