A Vale acaba de anunciar Marcelo Bacci – o atual CFO da Suzano – como seu novo vice-presidente de finanças e relações com investidores.
Ele começa no novo cargo em 3 de dezembro.
Desde que Gustavo Pimenta foi promovido de CFO para CEO, o diretor global de controladoria, Murilo Muller, ocupa o cargo de CFO interinamente.
Bacci está na Suzano desde 2011 e é CFO há mais de 10 anos. Antes, foi CFO da Louis Dreyfus Brasil por cinco anos, depois de passagens pelo Unibanco e pela Promon.
O executivo também é conselheiro do Grupo Energisa e foi board member da BRF por dois anos, de 2020 até 2022.
A Suzano já anunciou o substituto de Bacci: Marcos Assumpção, o atual diretor de planejamento financeiro e M&A.
Marcos, que se reportava a Bacci, está na Suzano desde janeiro de 2022, e já liderou as áreas de tesouraria, captação, M&A e crédito. Marcos é um velho conhecido do buyside. Antes da Suzano, trabalhou por 17 anos no research do Itaú BBA e do Bank of America, cobrindo principalmente o setor de papel e celulose.
Esta é a segunda grande mudança do C-level da Vale desde que Pimenta assumiu o comando da mineradora.
Na semana passada, ele demitiu o vp comercial da companhia, Marcelo Spinelli, que estava há 20 anos na Vale. Para seu lugar, promoveu interinamente o diretor de desenvolvimento de produtos e negócios, Rogério Nogueira.
O anúncio do novo CFO vem no mesmo dia em que a Vale anunciou o acordo com o Poder Público em relação às indenizações de Mariana. O valor total ficou em R$ 170 bilhões — R$ 100 bilhões serão pagos parcelados em 20 anos, R$ 32 bi são obrigações que terão que ser executadas pela Samarco, e R$ 38 bi são valores já pagos.
A Vale estima que terá que desembolsar cerca de R$ 2 a 3 bilhões por ano ao longo destes 20 anos, com exceção do ano que vem, quando terá que fazer um desembolso maior, de R$ 11 bilhões.
Apesar destas obrigações, a companhia tem uma forte geração de caixa e está com a alavancagem controlada, ao redor de 0,5x EBITDA.