A ação da XP já bateu no fundo do poço e não há motivos para cair mais.

Esta é a tese do UBS BB, que elevou hoje sua recomendação para a empresa de Guilherme Benchimol de ‘neutro’ para ‘compra’. 

A ação sobe 3,3% no início da tarde. A XP vale US$ 6,8 bilhões na Nasdaq.

Os analistas disseram que a atual precificação do papel, que caiu 50% nos últimos doze meses, já “reflete plenamente as difíceis condições macroeconômicas do Brasil.”

Mesmo assim, o UBS BB reduziu o preço-alvo de US$ 19 para US$ 16, um upside potencial de 27% em relação ao preço de tela. 

Para os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Beatriz Shinye, a XP está sendo negociada a 8,2x o lucro estimado para os próximos doze meses e 1,9x o valor patrimonial – um dos menores níveis da história da ação.

Ao mesmo tempo, os pares internacionais da companhia estão negociando a 15x o lucro estimado para este ano, e nomes como B3, BTG e Itaú estão em cerca de 9x. 

“Vale destacar que a XP é mais leve em ativos em comparação com seus pares locais/bancos incumbentes, e o risco de crédito ainda é significativamente menor, o que, em nossa visão, deveria resultar em um prêmio,” escreveram os analistas. 

O UBS BB também vê a estratégia de expansão do mercado B2C como um catalisador para o papel. 

Recentemente, a XP anunciou que prevê quadruplicar seu time de assessores voltados para o B2C até 2028.

“O B2C pode aumentar o controle da XP sobre a alocação de investimentos e melhorar a experiência do consumidor, e a possível mudança na distribuição pode aumentar a margem líquida no longo prazo, mesmo que a empresa tenha uma estrutura mais cíclica,” escreveram os analistas.

O banco também não vê como provável que a XP consiga superar seu guidance de lucro para 2026 – que está entre R$ 5,5 bilhões e R$ 7,4 bilhões.

A estimativa do UBS BB está no limite inferior da meta da XP – e um pouco abaixo da média do consenso, que está em R$ 5,6 bilhões.