A SulAmérica está comprando a Prodent, pagando R$ 146 milhões por uma das últimas coperadoras dentais com alguma escala e marcando o epílogo de um ciclo de grandes aquisições do setor.
Oitava maior operadora de planos odontológicos do país, a Prodent chegou a ter 600 mil vidas em 2012, mas de lá para cá perdeu cerca de um terço da carteira em meio à concorrência. No ano passado, a empresa fez uma receita operacional de R$ 100 milhões, teve um índice de sinistralidade de cerca de 30% e uma margem bruta de 45%.
O tíquete do plano dental (R$ 15-20) chega a ser irrisório perto do plano de saúde, mas o produto tem uma margem EBITDA média de 25% e serve como moeda de troca para ajudar as operadoras de saúde a reter clientes.
“Este é um produto de margem bruta muito alta, o que pode significar duas coisas: ou o beneficiário não usa, ou existe uma reserva de mercado muito grande e a concorrência vai reduzir as margens ao longo do tempo,” diz um gestor que acompanha a indústria.
Vendido como produto individual, o plano dental não encontra muito entusiasmo. Das 6,4 milhões de vidas da Odontoprev, 10% são planos individuais, 15% PMEs e o resto corporativo.